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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Após mais uma noite de votação na Câmara, PL 2648 não entra em pauta

Sessão extraordinária acontecerá após sessão conjunta do Congresso

Sessão extraordinária acontecerá após sessão conjunta do Congresso

Dirigentes sindicais tiveram um dia de intensas articulações na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (23/5) para tentar aprovar o PL 2648. Após várias reuniões, os líderes partidários disseram que a ordem é votar as Medidas Provisórias que trancam a pauta e depois trabalhar para votar as urgências. Os parlamentares encerraram a sessão extraordinária de ontem, no entanto, quase às duas da manhã tendo apreciado apenas a MP que federaliza trechos de rodovias em 15 estados. Os deputados aprovaram a medida em meio a obstrução que prolongou a análise do texto por mais de cinco horas.

“Nós acompanhamos as votações na Câmara até a madrugada. E vamos continuar mantendo a pressão. Nós estamos trabalhando para que, após a votação das MPs, o Plenário analise o mérito do PL 2648 e isso tem a concordância de alguns líderes”, disse o presidente do Sisejufe Valter Nogueira Alves.

Nesta terça-feira, o dirigente voltou à Câmara para mais um dia de negociações, juntamente com a diretora do Sisejufe Lucilene Lima, o presidente do Sindiquinze Zé Aristéia e o assessor parlamentar Alexandre Marques. Eles estão monitorando a sessão conjunta do Congresso, que começou no final da manhã e vai analisar a nova meta fiscal e os vetos presidenciais. Em seguida, os sindicalistas acompanharão a sessão extraordinária, que ainda não tem horário definido. A expectativa é que seja votada nesta sessão a Medida Provisória 715/16 que trata do pagamento da Garantia-Safra, um benefício às famílias de agricultores atingidos pela seca no Nordeste. “Vamos trabalhar para incluir o projeto de recomposição salarial dos servidores do Judiciário Federal na pauta para votar o mérito da proposta”, afirma Valter.

As articulações de segunda-feira

Dirigentes sindicais com o líder do PT, Afonso Florence

Dirigentes sindicais com o líder do PT, Afonso Florence

O líder do PT, Afonso Florence, informou ontem aos dirigentes sindicais, antes da reunião de líderes, que apresentou uma proposta de inversão de pauta, para que primeiro seja votado o PL 2648 e depois as MPs. O parlamentar  petista reiterou o que havia sinalizado na semana passada, que seu partido vai manter em obstrução na Câmara as medidas de retirada de direitos que o presidente Michel Temer vai mandar, mas em relação ao reajuste dos servidores do Judiciário não vai haver obstrução e eles vão exigir que os acordos firmados sejam cumpridos.

Além de Florence, os sindicalistas tiveram reuniões na segunda-feira (23/5) com o líder do governo Andre Moura (PSC-SE) e os líderes partidários Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair Arantes (PTB-GO) e Luiz Carlos do Chapéu (PSDC-RJ).

brasilia 23 maio chapeu

Dirigentes com deputado Luiz Carlos do Chapéu

brasilia 23 maio 2

Conversa com Rogério Rosso, líder PSD

 

 

 

 

 

 

Como foi a sessão plenária do dia 23

A sessão do Plenário desta segunda-feira (23/5) teve obstrução do PT e do Psol, o que atrasou em 4 horas o início da votação da Medida Provisória 708/15, que federaliza trechos de rodovias em 15 estados.

O processo de obstrução foi conduzido para marcar posição contra o governo interino de Michel Temer e a divulgação de diálogos entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que um suposto acordo para conter a Operação Lava Jato teria sido discutido.

“O Brasil ficou estarrecido com as conversas que revelam um esquema criminoso por trás dos votos do impeachment. Por isso, fica difícil tratar de outros temas”, disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Lava Jato

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), também defendeu a obstrução. “O Psol não quer que se votem as questões aqui antes que se discuta o que ocorreu hoje. Parece que aqui tem uma paz dos cemitérios. O grande ministro forte já se afastou do governo pelas gravações mostrando que ele obstruía a Operação Lava Jato, já que era denunciado por corrupção. O Psol quer fazer oposição a isso”, disse.

A atitude foi criticada pelo líder do governo, deputado Andre Moura (PSC-SE). “Estranhamente agora, o PT, de forma incoerente, obstrui uma medida provisória que nasceu no governo Dilma”, criticou.

Já o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) minimizou as críticas de petistas em relação às gravações de Jucá. “Quem tentou impedir a Lava Jato de andar foi o ex-presidente Lula e o PT, inclusive convocando os seus seguidores a constranger o juiz Moro. Michel Temer manteve o diretor-geral da Polícia Federal”, afimou.

Tumulto

O clima esquentou depois que o presidente da sessão, deputado Giacobo (PR-PR), cortou o microfone do deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) porque ele não soube responder se discutia a favor ou contra a MP 708/15 e usava o tempo para marcar posição contra o governo Temer.

Ao corte do microfone seguiu-se gritaria em Plenário e Edmilson chegou a pular da tribuna até a Mesa Diretora para reivindicar o seu tempo de fala.

Giacobo decidiu, então, devolver ao parlamentar do Psol o direito de falar. “Não entendi a posição do presidente da Mesa e não vamos aceitar”, criticou Edmilson. (Fonte: site da Câmara)

 

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