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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

A Justiça é Mulher: para servidora Ana Alé, o melhor caminho é o da união e da empatia

A servidora Ana Alé, do TRE/RJ da capital, foi uma das homenageadas no projeto A Justiça é Mulher. Ela nos deu, abaixo, um depoimento forte e motivador. Sigamos na luta!

“Sempre tive o privilégio de trabalhar com mulheres muito fortes na Justiça Eleitoral, aliás que mulher não é forte? No entanto, o período que mais me impactou foi quando exerci a chefia de cartório em uma cidade com pouco mais de 200 mil eleitores no interior de MG. Éramos apenas mulheres no quadro de servidores. Casadas e solteiras, com filhos ou sem, com toda a sorte de problemas, temperamentos diversos, mas todas muito guerreiras. Sempre fizemos mais do que o nosso melhor! Havia uma motivação, um objetivo de querer fazer dar certo, uma energia boa e isso era muito positivo.
Posso dizer com propriedade que não é fácil trabalhar em zona eleitoral do interior e realizar eleições, principalmente as municipais, é mais difícil ainda. Contudo, sempre entregamos um trabalho de excelência, com lisura, zelo e probidade. As decisões mais importantes eram tomadas em conjunto e o respeito e a responsabilidade com o trabalho nunca nos impediu de brincar e suavizar os momentos mais difíceis. Havia uma parceria, formávamos uma equipe. Quando uma caía, as outras a levantavam porque sabíamos que não é nem um pouco fácil ser mulher e como tenho de ser sucinta, só posso dizer que “entendedoras entenderão.”
Há dias em que a gente acorda e tudo o que mais quer é ser a “Burguesinha da música do Seu Jorge.” Porém, a realidade, rapidinho, nos chama para o combate: os boletos vencendo, a independência conquistada a ferro e fogo, a imagem dos sutiãs queimados, o primeiro voto e até o espírito da Simone de Beauvoir aparece para nos acordar.
Brincadeiras à parte, gostaria de finalizar acrescentando que evoluímos muito, mas ainda vivemos em uma sociedade patriarcal, sofremos com um machismo estrutural enraizado há vários séculos, logo precisamos de muita sororidade e representatividade. A nossa luta é árdua, mas as mulheres cada vez mais estão se despertando e o caminho é esse da união, da empatia, do “juntas somos mais fortes.” Pode parecer clichê, mas só assim conseguiremos as mudanças que tanto almejamos. Haja vista o PL “Mariana Ferrer” prestes a se tornar lei e isso nos mostra que estamos na direção certa, construindo uma nova história, um novo paradigma.” Por Ana Alé

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