A pressão sobre os parlamentares, principalmente, os que compõem a bancada de deputados federais do Estado do Rio, para que rejeitem a proposta de Antirreforma da Previdência está cada vez mais forte e vai ser intensificada. Caravana de dirigentes do Sisejufe e servidores de base tem feito um trabalho de convencimento ao percorrer os gabinetes na Câmara, em Brasília. A delegação começou o corpo a corpo na segunda-feira (18/12). O alvo principal neste momento é abordar os deputados ainda indecisos em relação à emenda aglutinativa que será apresentada pelo relator da PEC 287, deputado Artur Maia (PPS-BA).
De acordo com a diretora do Sisejufe Mariana Liria, a diretriz do grupo, que se dividiu em dois, foi o de transmitir aos deputados e deputadas que os servidores públicos estão preocupados com a antirreforma e dispostos a publicar nas redes sociais depoimentos curtos, por meio de vídeos, daqueles que são contrários à PEC 287. Além de Mariana, estão em Brasília neste trabalho de convencimento os servidores da base Abílio Fernandes e Mônica de Oliveira e os diretores do Sisejufe Jovelina Alves, Lucena Pacheco e Mariana Petersen.
Confira um resumo das visitas aos gabinetes dos deputados e deputadas da bancada do Rio:
– Laura Carneiro (PMDB-RJ) e Francisco Floriano (DEM-RJ) informam, por meio de assessores, que são contra a antirreforma da Previdência;
– Pedro Paulo (PMDB-RJ), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Rosangela Gomes (PRB-RJ), Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ) não foram encontrados. Seus gabinetes estavam fechados;
– Simão Sessim (PP-RJ), Luís Carlos Ramos (PTN-RJ) e Marcos Soares (DEM-RJ) são outros três que continuam indecisos;
– Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ) não foi localizado para comentar;
– Alexandre Vale (PR-RJ) ainda não tem posição;
– Altineu Cortes (PMDB-RJ) informou que ainda não tem posicionamento e que vai analisar o texto. Colocou o gabinete à disposição do sindicato. O grupo do Sisejufe reforçou a ele que o voto será divulgado;
– Walney Rocha (PEN-RJ) avaliou que não haverá mais votação em 2017 nem em 2018; com isso, não emitiu posicionamento por acreditar que não vale o desgaste;
– O gabinete de Wilson Bezerra (PMDB-RJ) estava fechado;
– Celso Pansera (PMDB-RJ) não tem posicionamento e não tem interesse em divulgar com antecedência. O parlamentar possui histórico de posições destoantes. Faz parte da frente parlamentar que vai contra o desmonte do Estado. Votou contra a Reforma Trabalhista. Vislumbra possibilidade de voto contrário;
– A assessoria do deputado Marcelo Matos (PHS-RJ) informou que é preciso haver reforma mas não está de acordo com a proposta. Já declarou em rede social inclusive;
– Otávio Leite (PSDB-RJ) entende que é necessário uma reforma mas que não prejudique ninguém. Aguarda o texto oficial para emitir posicionamento, muito ciente em relação aos servidores por ter histórico de servidor também, na Prefeitura do Rio;
– A assessoria de Roberto Sales (PRB-RJ) garantiu que seguirá a definição do partido, embora pessoalmente, por sua convicção, votaria contrariamente;
– A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) ainda não tem posicionamento. E, segundo a sua assessoria, não está divulgando. Mas que tem precedentes de votar contra o partido;
– O deputado Zé Augusto Nalim (PMDB-RJ) também não está divulgando posicionamento. Mas a tendência a ser a favor pela pressão do partido;
O grupo que está em Brasília visitou ainda outros dois gabinetes de deputados que não são do Rio de Janeiro, um deles Jutahy Júnior (PSDB-BA), que apesar de nenhuma posição fechada, alega ainda não ter lido o relatório.
Fonte: Imprensa Sisejufe