Alto contraste Modo escuro A+ Aumentar fonte Aa Fonte original A- Diminuir fonte Linha guia Redefinir
Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

DAP: Futuros pensionistas serão atingidos se Reforma da Previdência for aprovada

No início da reunião, foi feito um minuto de silêncio em homenagem à pensionista Dirce Maria Barros Magioli

Reforma da Previdência foi o tema da reunião do mês de março do DAP, realizada nessa terça-feira (28/3). A assessora jurídica do Sisejufe, Aracéli Rodrigues, foi a palestrante da tarde. “Quem já está aposentado não será afetado. No entanto, os novos pensionistas serão prejudicados se a PEC 287 foi aprovada”, ressaltou. Ela denunciou a Reforma como uma forma de sucateamento da previdência pública em detrimento dos planos privados.

A servidora aposentada Myrna Costa leu uma carta que ela está enviando aos parlamentares e sugeriu que os outros integrantes do núcleo façam o mesmo, como forma de pressão contra a retirada de direitos:

Aos deputados e senadores desta República, pergunto, que Brasil  V. Exas. desejam?

Os direitos e obrigações dos servidores públicos civis não são e nunca foram privilégios.  Fazem parte de um sistema jurídico legal e legítimo. No entanto, o simples descarte indicado pelos burocratas de plantão não é suficiente para nos convencer de que é preciso contribuir quase 50 anos e atingir a idade mínima de 65. Não é privilégio o que queremos. Privilégio têm os senhores, que vivem  encastelados em Brasília e que representam muito mal os anseios de justiça social no Brasil afora. Não será uma votação sem discussão e sem negociação que passará, incólume, tanto na Câmara como no Senado. Haverá luta e resistência porque há setores organizados que saberão defender seus direitos.  Desta vez, os direitos vão se sobrepor aos privilégios!

A luta continua, Deputados e Senadores! Temos consciência de que devemos nos preparar para resistir. Independente do Governo que aí está, não se trata de ser contra ou a favor, trata-se de colocar a reforma da previdência tal como deve ser colocada, reformar o que tem de ser reformado, garantir o que deve ser garantido, onde há excesso, acabar com o excesso, onde há sonegação, fazer cumprir a lei.  Há que se dar um limite de idade e de contribuição para as novas gerações mas garantir o tempo e a contribuição de quem já está no sistema porque quem está, se preparou e cumpre as regras do contrato. Faremos pressão e desejamos negociar em outras bases, sem submissão, como cidadãos de primeira categoria porque demos, por esse Brasil, nosso suor, nossas lágrimas e nosso sangue. E não serão burocratas de plantão que vão ditar as normas sem ouvir a sociedade civil organizada.

Há dois tipos de cidadãos neste país tropical: os privilegiados, titulares de poder com leis especiais de imunidade e foro, acima do bem e do mal   e os possuidores de direitos e obrigações, que cumprem as leis,  trabalham,  pagam impostos, contribuem com a previdência social mas não têm segurança pública, não têm sistema público de saúde, e ainda, veem seus direitos de aposentadoria irem por água abaixo. Não comparem a reforma da previdência feita recentemente na Europa com a proposta apresentada pelo governo brasileiro, que administra um estado que não fornece nem saúde e educação de qualidade para todos. O estado é quase ausente e precário…  O déficit da previdência é uma realidade que se explica muito mais pela roubalheira, pelo cinismo dos que se aproveitaram o tempo todo do erário público do que por um problema de longevidade da população. O Brasil precisa, sim, fazer reformas sociais, reformas tributárias, reformas da previdência   não para deixarem seus filhos sem previdência, mas sim, para terem uma boa previdência sem déficit. Como é dever do estado proteger seus cidadãos, então, o estado é para isso mesmo e não para agradar ou socorrer o mercado e os especuladores.

A coordenadora Neli Rosa conversa com as aposentadas

A coordenadora Neli Rosa conversa com as aposentadas

Não tem sido o estado o propulsor dos capitalistas a dinamizar a economia? E por que não pode ser  propulsor e protetor de seus cidadãos? Que república é essa? Queremos o estado social de direitos e sem populismo, seja de direita ou de esquerda.

No início da reunião, a coordenadora do DAP, Neli Rosa, pediu um minuto de silêncio pelo falecimento da pensionista Dirce Maria Barros Magioli, frequentadora das reuniões do DAP.

 

Cristiane Vianna Amaral

Imprensa Sisejufe

 

Últimas Notícias

missav