Por Amauri Pinheiro*
Os analistas do PJU levaram ao 11º Congrejufe a proposta de equiparação remuneratória entre analistas do PJU e as carreiras do Ciclo de Gestão Federal, dentre elas a dos servidores do Banco Central do Brasil.
Para que o analista do PJU passe a ser equiparado ao do BC precisaria ter um reajuste médio de 54%. Um aumento médio de R$ 8.200,00.
Entretanto, temos um quadro único. O reajuste teria de ser dado em todo o quadro.
Ao fazê-lo, os Técnicos do PJU passariam a ganhar, em média, R$ 4.200,00 a mais que os Técnicos do BC. Claro que a equipe econômica não irá concordar.
Ou seja, a proposta de equiparação dos analistas do PJU aos analistas do ciclo de gestão só se viabilizará caso a carreira de Técnicos Judiciários do PJU passe a ser de nível superior (NS) acabando, assim, com a comparação com os Técnicos de nível médio do BC.
Imagina se os Técnicos do BC conseguirem o NS (proposta já encampada pela direção do BC) e os do PJU continuarem de nível médio. Aí que não vai ter equiparação mesmo.
Entretanto, há uma associação que diz representar os analistas que é contra o NS. Assim, na prática, age contra a valorização dos analistas do PJU.
Há entre eles quem defenda a “extinção da carreira de Técnicos Judiciário”. Mas é impossível dispensar 60% da categoria.
É quando a ganância de querer os CJs (cargos de livre nomeação pelos juízes que podem nomear até quem não é do quadro) só para os analistas, sob o argumento de que nível médio não pode chefiar nível superior, prejudica a valorização de todos, inclusive dos analistas. Além de ser prejudicial à instituição pois mantém a evasão, com técnicos e analistas deixando o PJU após aprovados em outras carreiras de melhor remuneração.
Espero que este artigo abra os olhos dos colegas analistas: O NS é bom para todos.
ABAIXO a comparação dos quadros:
*Amauri Pinheiro é servidor aposentado do TRT1 e diretor do Sisejufe