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Sisejufe participa da 1ª Parada do Orgulho PcD, no Rio de Janeiro

Departamento de Acessibilidade e Inclusão do sindicato, claro, marcou presença no evento; Ricardo Soares, coordenador do DAI, ratificou a importância da Parada e apontou melhorias para uma próxima edição

No domingo, dia 1º de dezembro, a Praia do Arpoador foi palco da 1ª Parada do Orgulho PcD (Pessoa com Deficiência), no Rio de Janeiro.

Com o tema “Candeia: a Hora e Vez do Sambista Def”, o evento celebrou o legado do icônico sambista negro com deficiência, Candeia, conectando assim, cultura, acessibilidade e ancestralidade.

Ricardo Soares, diretor do Sisejufe, coordenador do Departamento de Acessibilidade e Inclusão do sindicato (DAI) e pessoa com deficiência visual, claro, marcou presença no evento, desde cedo. Já no início da tarde, foi um dos representantes da sociedade civil chamado ao palco para falar. Ricardo fez uma fala potente e bastante aplaudida pelo público presente. Ele falou sobre a luta em defesa dos direitos das pessoas com deficiência:

“É importante que a gente esteja aqui nessa primeira parada PCD do Rio de Janeiro, demarcando isso, tornando o nosso segmento visível à sociedade carioca, um segmento que é extremamente invisibilizado através dos tempos”.

Ouça AQUI a fala de Ricardo, na íntegra:

Ricardo ratificou a importância da Parada, mas não deixou de apontar melhorias para uma próxima edição do evento: “Já vamos trabalhar desde já para que as próximas edições aconteçam em um local mais visível, um local onde todos que passem pela zona sul possam nos ver, possam ver esse segmento que clama, que luta por direitos, que luta por manutenção de direitos, que luta por conquista de direitos todo dia. Aqui onde estamos, ficamos escondidos e não é o que queremos. Chega de invisibilidade. Queremos ser vistos, olhados, lembrados, respeitados. Vamos manter essa luta juntos à coordenação da Parada PcD. Vamos fazer, no ano que vem, certamente um movimento ainda mais forte, ainda mais visível e lindo, como foi essa 1ª Parada do Orgulho PcD.”

Márcia Costa, presidente da Adverj, também salientou a grande importância da Parada PcD, no Rio: “Essa iniciativa da Parada PcD é uma iniciativa muito importante em várias perspectivas, mas nessa questão social, da invisibilidade que querem nos impor, é ainda mais fundamental. Estamos aí, juntos, trabalhando mesmo para colaborar sempre com tudo o que pudermos. A sociedade precisa ser apresentada aos males que o capacitismo leva à sociedade de um modo geral. Vamos, como diz Ricardo Azevedo, vamos sair do etc. Vamos ter nome, imagem, forma, nome, sobrenome, profissão. Somos pessoas, cidadãos e cidadãs que pagam impostos e tudo o mais como quaisquer outras pessoas. Vamos lutar sempre por esse lugar de igualdade, né? De isonomia de se estar na vida, de ser respeitado. É isso”.

A vereadora Luciana Novaes (PT-RJ), fez questão de participar da Parada PcD e comentou: “Tive muito alegria de estar aqui nesse domingo. Foi um evento maravilhoso. Quero agradecer muito à Parada PcD por nos reunir aqui e mostrar para toda a população carioca que nós estamos em todos os lugares, existimos, resistimos e exigimos respeito e direitos. Foi emocionante participar e reencontrar parceiros de nossa luta. A Parada PcD é um rico momento para conscientizar a população sobre os direitos das pessoas com deficiência e reforçar que nosso lugar é em todos os espaços! Precisamos ocupar cada vez mais as ruas, as discussões e as decisões que impactam nossas vidas. A inclusão começa quando somos vistos e ouvidos. Parabéns a todos os envolvidos na organização e a cada pessoa que esteve presente. Que venham mais e mais edições da nossa Parada PcD RJ”.

A vereadora Luciana Noavaes

O jovem Matheus Guilherme de Barros Ribeiro Oliveira, de 27 anos, jornalista formado, estava feliz e muito esperançoso com a realização da Parada: “Pra todos nós, PcD’s, é um marco no caminho da inclusão. E, pra mim, é um orgulho enorme e uma felicidade maior ainda ver que a Parada PcD Rio aconteceu. Ainda temos muita luta e muita conquista pra conquistar, mas hoje, com certeza, é um dia histórico, um dia de celebração.”

Dona Maria José Barros de Oliveira, mãe do Matheus, também era pura felicidade: “Olho pra trás, lembro dele criança e das lutas que travamos para chegarmos hoje aqui. Não foi fácil, mas seguimos em frente. Meu filho conseguiu se formar. É jornalista. Tenho muito orgulho da pessoa que é e de todas suas conquistas. Suas lutas, tudo, tudo. Essa Parada PcD representa muito pra gente e pra tantas outras famílias”, disse emocionada.

Matheus e a mãe, dona Maria José

 

Logo abaixo, mais registros especiais da 1ª Parada PcD do RJ:

 

 

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