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Fenajufe assina termo de adesão ao programa: Brasil sem Misoginia

A iniciativa, do Ministério das Mulheres, tem como objetivo principal mobilizar toda a sociedade brasileira na luta contra a misoginia e a discriminação contra as mulheres

A Fenajufe uniu forças com mais de cem entidades da sociedade civil de vários segmentos, nessa quarta-feira (25/10), em Brasília, para marcar o lançamento do programa “Brasil sem Misoginia”. A iniciativa, do Ministério das Mulheres, tem como objetivo principal mobilizar toda a sociedade brasileira na luta contra a misoginia, combatendo o ódio, a violência e a discriminação contra as mulheres.

A Federação foi representada pelas coordenadoras Lucena Pacheco e Soraia Marca, que são também também diretoras do Sisejufe.

Participaram diversas entidades dos movimentos feminista, sindical, social e estudantil, ONGs, torcidas organizadas, universidades e grupos religiosos, dentre outros. Na ocasião, as organizações comprometeram-se a promover ações efetivas de combate a todas as formas de violência contra as mulheres.

Na cerimônia, a ministra Cida Gonçalves destacou que uma das missões do programa é combater o feminicídio, sendo a misoginia mola propulsora de todas as formas de violência contra a mulher. Somente em 2022, 1.400 brasileiras foram mortas simplesmente por serem mulheres, conforme o Anuário da Segurança Pública.

A campanha desenvolverá ainda ações junto com Google, Facebook, Meta e Youtube para combater o discurso de ódio e a exposição, por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas, de mulheres nas redes sociais. Outras estratégias têm como foco o combate à violência de gênero, à desigualdade salarial entre homens e mulheres, a prevenção da violência doméstica e a ampliação da presença feminina nos espaços de poder.

O Ministério das Mulheres distribuiu uma cartilha informativa sobre a misoginia, com várias informações importantes. Acesse no link abaixo:

Cartilha Brasil sem Misoginia

Violência de Gênero no Judiciário

A Fenajufe considera essencial combater a misoginia, ainda mais em um setor predominantemente composto por homens, como é o caso do Judiciário, em que as mulheres ocupam cerca de 38% dos cargos.

Com o objetivo de tentar frear a violência de gênero no setor, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promulgou o provimento n° 147/2023, em agosto deste ano, que entre outras diretrizes, estabelece um protocolo de atendimento às mulheres vítimas de violência de gênero, no recebimento de queixas de violência envolvendo magistrados e servidores do judiciário.

Essa norma estabelece uma política contínua de combate à violência de gênero praticada por esses agentes, mesmo que de forma indireta, por omissão em relação aos deveres de garantir a integridade física e psicológica da vítima. Entre as medidas adotadas, está a criação de um portal específico pelo CNJ dedicado a esse assunto, que oferece um formulário para encaminhamento de representações à corregedoria do Conselho.

No entanto, apesar das várias diretrizes estabelecidas, as mulheres continuam sendo vítimas de violência diariamente e frequentemente não recebem o apoio necessário, enquanto os agressores permanecem impunes. Na avaliação da Federação, essa dura realidade requer uma discussão mais aprofundada em todos os âmbitos, especialmente nos locais de trabalho. Além disso, é crucial que o CNJ inclua as entidades sindicais nesse debate, uma vez que é fundamental que as trabalhadoras do PJU sejam devidamente representadas.

Coletivo de Mulheres da Fenajufe

A Fenajufe, através do Coletivo de Mulheres, já tem desempenhado um papel fundamental em diversas áreas, capacitando e valorizando as mulheres, seja na luta pela igualdade de gênero e direitos ou na batalha contra todas as formas de discriminação e preconceito que geram violência. Este espaço é essencial para que as mulheres compartilhem suas experiências, desenvolvam estratégias para combater a violência no ambiente de trabalho e na vida em geral.

(Fonte: Fenajufe)

 

 

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