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Marcha das Margaridas 2023: despedida foi com bate-papo, poesia e muitos afetos

A Fenajufe recebeu as Margaridas do Judiciário para uma roda de conversa e troca de experiência sobre como foi para cada uma participar da Marcha

Na manhã de quinta-feira, 17/08, um grupo de mulheres se reuniu na Fenajufe para um bate-papo, uma roda de conversa e troca de experiências para falar como foi sua participação na Marcha das Margaridas 2023, que aconteceu dias 15 e 16 de agosto, em Brasília.

A ideia foi de Lucena Pacheco, diretora do Sisejufe e coordenadora da Fenajufe, e agradou muito a todas as presentes. Ao abrir a reunião, Lucena comentou, emocionada:

“Quero falar da imensa alegria que foi a participação de todas nós na Marcha. Foi tudo tão lindo, forte, potente. Foi realmente especial nós, Margaridas do Judiciário, podermos caminhar ao lado das Margaridas do campo, das florestas e das águas. Esse ano, tivemos uma participação efetiva com a distribuição das cartilhas e a atuação das advogadas da assessoria Cezar Britto, que lá estavam de prontidão. Foi bem bacana. Muito obrigada a cada uma e cada um que estando ou não em Brasília e na Marcha das Margaridas 2023 contribuiu para que isso tudo fosse possível. Sentir a emoção, a força, a alegria, a solidariedade, a troca. Podemos acrescentar inúmeras outras palavras para expressar o que vivenciamos e recebemos nesses dias de preparação e Marcha, efetivamente. Foi algo indescritível e que guardaremos para sempre na memória e no coração”, disse Lucena, já abrindo a palavra para que as outras Margaridas do Judiciário também comentassem suas percepções e vivências sobre a Marcha.

Mônica Genu, do Sindjuf- PA-AP e membra do Conselho Fiscal da Fenajufe, afirmou: “Ah, que delícia. Realmente, encerramos com chave de ouro a nossa Marcha. Que momento gostoso a gente compartilhou aqui. Foi muito bom falar e, principalmente, ouvir as colegas e sentir, perceber que a Marcha foi forte e impactante para todas nós”.

Clarisse Pacheco, representante de base do Sisejufe, também adorou o encontro: “Foi minha primeira vez na Marcha e posso dizer que superou todas as expectativas. Já estava feliz com tudo que vivi esses dois dias na Marcha e que grata surpresa, agora, no dia de ir embora, ainda ter esse momento de troca e acolhimento entre tantas colegas servidoras do Judiciário e companheiras de Marcha. Vamos todas pra casa com o coração cheio de gratidão e as forças renovadas”.

Outro momento bacana dessa manhã foi quando Clarrisse surpreendeu a todas recitando uma poesia do seu livro “Poesia Prosaica”, da Editora Conejo, que será, inclusive, lançado na Bienal do Livro, no dia 07 de setembro.

Eliana Leocádia, do Sintraemg, ficou encantada com a performance da colega: “É isso, gente. Os encontros nos fortalecem, nos empoderam e extraem o que temos de melhor. Vi e senti muitas emoções durante a Marcha das Margaridas e, agora, também. Poesia nos alimenta a alma e também nos fortalece. Foi lindo, lindo o nosso bate-papo informal mas tao cheio de troca, aprendizado e afeto”.

A origem da Marcha das Margaridas:

Margarida Maria Alves (1933-1983) é símbolo da luta das trabalhadoras do campo por direitos.

Assassinada a mando de latifundiários, a líder sindical inspirou a criação da chamada Marcha das Margaridas, que acontece em agosto, desde o ano 2000.

Margarida nasceu em 5 de agosto de 1933, em Alagoa Grande (PB). Era a filha mais nova de nove irmãos. A família vivia na zona rural até ser expulsa das terras por latifundiários. A questão agrária fazia parte da vida de Margarida e, em 1973, ela se tornou Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.

Entre as lutas travadas estavam a busca pela contratação com carteira assinada, o pagamento do 13º salário, o direito das trabalhadoras e dos trabalhadores de cultivar suas terras, a educação para seus filhos e filhas e o fim do trabalho infantil no corte de cana.

Foi, ainda, responsável por mover mais de 100 ações trabalhistas na Justiça do Trabalho local que estavam relacionadas, principalmente, com grandes proprietários de terras e usineiros.

Por conta da sua atuação, teve a morte encomendada por fazendeiros.

Margarida foi assassinada na porta de casa, em 12 de agosto de 1983, com um tiro no rosto, na presença do marido e da filha. Ela já vinha recebendo ameaças desde antes e, em discurso no Dia do Trabalhador daquele ano, em 1º de maio, ela declarou: “Da luta não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome.”

Em homenagem a Margarida, as mulheres trabalhadoras rurais criaram, em 2000, a Marcha das Margaridas, que se tornou a maior ação conjunta de mulheres trabalhadoras da América Latina.

O Sisejufe, claro, esteve presente na Marcha que, este ano, aconteceu nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília.

Do Rio de Janeiro foram as diretoras do sindicato e coordenadoras da Fenajufe, Lucena Pacheco e Fernanda Lauria; a diretora Anny Figueiredo, coordenadora do Departamento de Mulheres do Sisejufe; além das diretoras Juliana Avelar; Neli Rosa, coordenadora do DAP; Helena Cruz, do Departamento de Cultura; Mariana Petersen; o diretor Pietro Valério e a representante de base Clarisse Pacheco.

 

 

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