O Julho das Pretas celebra o 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina-americana e Caribenha, data escolhida no Brasil para homenagear Tereza de Benguela, líder do Quilombo do Quariterê, uma área que hoje pertence ao Mato Grosso. É uma agenda conjunta e propositiva com organizações e movimentos, que surgiu na Bahia em 2013, contra a invisibilidade gerada conjuntamente pelo machismo e pelo racismo.
O Sisejufe, por meio do Departamento de Gênero e Raça, se une ao movimento de mulheres negras, rememorando figuras brasileiras que se destacam nessa trajetória no Facebook e Instagram, até o fim do mês. As imagens fazem parte da exposição Pele Preta, produzida pelo sindicato para dar visibilidade a quem constrói esse país. Também serão publicados vídeos temáticos abordando diferentes temas em relação às mulheres negras.
O Julho das Pretas no Brasil recebe os ventos do movimento antirracista – vidas negras importam – nos Estados Unidos que se levantou após o assassinato por asfixia do americano George Floyd, homem negro, por um policial branco. “Agora, é São Paulo que debate a brutalidade dos agentes do Estado, após flagrantes de agressões a jovens e até a uma mulher negra, a comerciante de 51 anos, que teve o pescoço pisado por um policial, numa mimetização macabra do assassinado de Floyd, cinco dias antes” lembra a jornalista Flávia Oliveira, em artigo publicado no jornal O Globo.