Sindicato convoca funcionalismo do tribunal a participar da coleta de dados
Por Max Leone*
“O trabalho te adoece?” Essa pergunta começou a ser respondida na quarta-feira (4/7) pelos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), no Rio. O questionamento é o foco da II Pesquisa de Saúde dos Servidores do Judiciário Federal no Rio de Janeiro promovida pela direção do Sisejufe, sob coordenação do Departamento de Saúde e Combate ao Assédio, para levantar os principais aspectos que afetam o cotidiano da categoria na área de saúde. Pela manhã, questionários para coleta de dados foram distribuídos por diretores da entidade em todos os andares do prédio do TRT1 da Lavradio. O material deverá ser devolvido até o dia 2 de agosto. O sindicato anunciará em breve quando e como fará o recolhimento dos encartes.
O TRT1 foi escolhido como o primeiro local a ser distribuído o questionário pelo fato de seu presidente, desembargador Fernando Antônio Zorzenon, ter sido o único a impedir a veiculação do link da pesquisa na Intranet do órgão. Os demais tribunais permitiram que os servidores tivessem acesso pela rede interna.
“É mais uma situação em que o presidente do tribunal demonstra completa desconsideração com o funcionalismo do TRT1. Mas, nem por isso o sindicato deixará de promover a pesquisa. Estamos distribuindo os questionários, andar por andar, aqui no prédio na Lavradio para que todos possam participar”, afirmou Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe.
A distribuição do material da pesquisa começou pela manhã com um grupo de diretores, assessores, funcionários e apoiadores do sindicato. A 43ª Vara Trabalhista foi a primeira a ser visitada. Em meio a entrega do questionário aos servidores eram dadas explicações sobre os objetivos do levantamento. Participaram da distribuição em outros setores do TRT1 da Lavradio a diretora Neli Rosa e o vice-presidente do Sisejufe, Lucas Costa.
“Os dados vão servir de base para que possamos cobrar das administrações dos tribunais uma política coerente de gestão de pessoas, para que levem em consideração os aspectos da saúde do servidor. Temos que comprovar, com dados concretos, qual a realidade de nossa categoria. Os resultados serão encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça”, afirmou Helena Cruz, coordenadora do Departamento de Saúde e Combate ao Assédio do Sisejufe, destacando a necessidade de os comitês de saúde dos tribunais participarem da elaboração das políticas de gestão.
A
ssessora política do Sisejufe, Vera Miranda ressaltou a importância da participação dos servidores na pesquisa. Ela elencou os principais pontos do questionários que os servidores receberam em mãos e problemas que tanto afetam a saúde dos funcionários no cumprimento das metas exorbitantes.
Vera salientou também que há como preencher a pesquisa por meio do site do sindicato, no endereço www.sisejufe.org.br/pesquisasaude2018 ou pelo aplicativo da entidade que pode ser baixado no celular. Trata-se do SisejufeApp que pode ser baixado nas Play Store ou APP Store.
A II Pesquisa de Saúde dos Servidores do Judiciário Federal no Rio de Janeiro foi lançada oficialmente no dia 15 de julho pelo Sisejufe. Na ocasião, o psicólogo Arthur Lobato, do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal do estado de Minas Gerais (Sitraemg), comandou um debate sobre o tema. Foram apresentados os resultados da primeira pesquisa feita pelo Sisejufe em 2014 e detalhados os pontos do atual trabalho que será feito.
*Da Redação do Sisejufe
