É com profundo pesar que a Diretoria do Sisejufe informa o falecimento, dia 27/1, do queridíssimo Amadenison Vieira Ramos, o Denison
O sepultamento será no Cemitério do Catumbi, na quarta-feira (31/1), às 15h. O velório ocorrerá a partir das 11h, na capela D.
O baiano de Ilhéus viveu intensamente a Literatura. Admirador e influenciado por escritores como Homero e Fernando Pessoa, Denison sempre foi um contador de histórias e apaixonado pela Mitologia Greco-romana, o que, como não poderia deixar de ser, exerceu forte influência sobre suas obras. Adorava conversar com as pessoas. E, quase sempre, o fruto desses diálogos resultavam em uma prosa, um verso, uma poesia, um conto. O servidor aposentado da Justiça Federal acreditava que tinha a responsabilidade de contribuir com as novas gerações que, segundo ele, seriam as responsáveis pela reestruturação do Terceiro Milênio.
A paixão de Amadenison Ramos por escrever o levou a lançar quatro livros – o mais recente “O Contador de História – Calaboca do Mato”, em setembro do ano passado. A publicação, a primeira de contos, é uma coletânea de textos e a história que dá título à obra saiu pela primeira vez em 1984 e já foi traduzida para três idiomas.
Os livros anteriores foram de poesia, que tanto se orgulhava em declamá-las. O primeiro deles, o “Sim”, saiu em janeiro de 2009 e o segundo, “Cosmogonia: uma visão do Universo”, acabou publicado em abril de 2011, ambos com o pseudônimo, ou alterego, de Denison: “O. S. Senior”.
A terceira publicação reuniu vários trabalhos feitos ao longo de sua vida, “Seixos”, saiu em formato E-pub. Amadenison era bacharel em Direito e também formado em Letras Clássicas pela Universidade de Brasília (UnB). E foi justamente na UnB, na então jovem cidade de Brasília que, em 1965, Denison viu sua vida tomar um novo rumo. Ao chegar da Bahia percebeu que havia “a imensidão do mundo a ser explorada”. Por lá vivenciou experiências que marcaram sua trajetória e influenciaram suas poesias. Sempre com o olhar em busca do novo.
Ele mesmo, certo dia disse, em uma entrevista ao Contraponto, do sindicato, na sessão “Prata da Casa”, em maio de 2011, que “Brasília era um mundo novo. Foi meu despertar para a Literatura e para a poesia. Estavam lá a loucura e a lucidez”.
Amadenison Ramos deixa esposa, duas filhas e uma legião de amigos, leitores simpatizantes que admiravam sua trajetória de vida, tanto na Justiça Federal, quanto na Literatura e, também, no movimento sindical, quando participou ativamente da direção do Sisejufe e do Departamento de Aposentados e Pensionistas (DAP) da entidade, na gestão 2014/2017. Foi eleito representante de base para o triênio 2017/2020, mas seu mandato foi interrompido. Denison deixará saudades, muitas saudades…