Servidores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT1), advogados trabalhistas, magistrados e representantes de diversas entidade representativas, entre elas o Sisejufe, participaram na manhã desta segunda-feira (13/11) de manifestação em defesa da Justiça Trabalhista, em frente ao prédio Tribunal na Lavradio. O ato ocorreu no primeiro dia útil após a entrada em vigor da Reforma Trabalhista no último sábado (11/11).
Os discursos foram unânimes sobre os efeitos das alterações sofridas pela CLT. Todos os participantes que tomaram a palavra para se manifestar afirmam que a reforma veio para prejudicar os trabalhadores em geral, em prol de interesses do governo. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Granda Filho, foi alvo de severas críticas em grande parte dos discursos. Além de entidades como a Associação do Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat), Associação Brasileira de Advogados Trabalhista (Abrat) entre outras. Também enviaram representantes o Sindicato dos Estivadores do Rio e Sindicato dos Professores de Niterói e São Gonçalo.
Um dos oradores inscritos, Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe, destacou que vários pontos da Reforma Trabalhista são inconstitucionais e foram “impostos goela a baixo por um governo ilegítimo”. Para o dirigente dos judiciários federais do Rio, “uma mobilização como esta de hoje é muito importante. Os servidores da Justiça do Trabalho também se fazem presente. Defender a Justiça Trabalhista de ataques é defender os direitos dos trabalhadores . Até porque este governo ilegítimo vai pressionar para fazer a Reforma da Previdência”. Os diretores do Sisejufe Lucilene Lima e Amauri Pinheiro também participaram da manifestação representando a entidade.
Durante o ato, alguns juízes de varas da Lavradio suspenderam as audiências por uma hora para que advogados e jurisdicionados participassem do ato. A 7ª Vara registrou em ata a realização da manifestação. Um dos pontos muito criticado pelos manifestantes foi o item da Reforma Trabalhista que determina que o trabalhador terá que arcar com os custos do processo. Na avaliação deles, a medida visa dificultar o acesso à Justiça Trabalhista.
Logo em seguida, representantes de entidades se reuniram para discutir pontos da campanha institucional para defender a Justiça do Trabalho que será lançada nos próximos dias. Um vídeo será elaborado com mensagens e informações sobre a atuação e a importância da JT. Amauri Pinheiro representou o Sisejufe.
Da Redação
Fotos: Max Leone