A Cinelândia lotada perguntava: quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes. O Festival, que iniciou no fim da tarde com intervenções artísticas e discursos de parlamentares e ativistas do movimento social, foi realizado um ano após o brutal assassinado da vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista nessa quinta-feira (14/3). O Sisejufe montou uma banca e distribuiu o adesivo “Vivas por Marielle”, produzido em parceria com a Marcha Mundial de Mulheres. O espaço também foi ponto para debater com a população sobre a Reforma da Previdência e a ameaça de extinção da Justiça do Trabalho.
As homenagens tomaram conta da cidade do Rio de Janeiro desde as primeiras horas do dia com o “Amanhecer por Marielle”, reafirmando seu legado de identidade e luta. Foi realizada uma missa na Igreja da Candelária e a aula magna “Eu Sou Porque Nós Somos”, ministrada por Thula Pires, professora de Direito Constitucional e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente da PUC/RJ, no início da tarde em frente à Câmara Municipal, numa referência ao mandato parlamentar da vereadora.
Foram registrados atos na maioria das capitais do país e por mais de 20 cidades ao redor do mundo. Mesmo com a prisão dos responsáveis pelo assassinato, as manifestações reafirmaram a importância de que seja revelado quem foram seus mandantes e qual a motivação do crime.