Veja neste link a tabela com valores da 8ª parcela
Os servidores do Judiciário Federal receberão, no contracheque de janeiro de 2019, a 8ª e última parcela do reajuste referente ao Plano de Cargos e Salários (Lei 13.317/16). A correção é resultado da mobilização e da luta da categoria e da direção do Sisejufe.
O reajuste de 41% foi sancionado em julho de 2016, depois de uma histórica tramitação na Câmara e no Senado, que foi acompanhada dia a dia pelos servidores e a diretoria do sindicato.
O presidente do Sisejufe, Valter Nogueira, avalia que, a partir de agora, será preciso definir uma nova estratégia. “A categoria tem que estar preparada para muita luta. Será necessário descobrir alternativas para garantir a valorização salarial. Vamos viver nos próximos anos um período de mais restrições devido à PEC do Teto de gastos e ao cenário político de incertezas”, afirma.
RELEMBRE A LUTA DO REAJUSTE SALARIAL
A vitória da categoria foi resultado da política coerente da direção do Sisejufe, que não deixou de acreditar e trabalhou enfaticamente para garantir o aumento de 41% para o funcionalismo. A mobilização dos servidores também foi preponderante para o resultado final. “A aprovação desse projeto foi um marco importante para os servidores do Judiciário porque foi o possível dentro de um cenário econômico tão conturbado. Foi a vitória daqueles que não aceitaram o zero: a esmagadora maioria da categoria”, afirmou Valter Nogueira na época.
DERRUBADA DO VETO 26
O ano de 2015 foi um divisor de águas para a categoria, que despertou e reconheceu seu potencial, que talvez estivesse adormecido. No Congresso, seja participando do “exército do terno”, seja no “exército do apito”, os integrantes das caravanas passaram fome e sede. Servidores foram humilhados, desacreditados, ridicularizados pela grande imprensa do país inteiro. No entanto, juntos, base e sindicato se organizaram como nunca antes, saindo da invisibilidade para as primeiras páginas dos jornais, incomodando profundamente, fazendo um barulho ensurdecedor que machucou os brios da Câmara e do Senado.
Todos foram incansáveis no movimento pela derrubada do veto 26, assim como toda a direção do Sisejufe – entidade que pioneiramente encampou a bandeira de ressuscitar o então desacreditado PL 6613. Quando o Veto 26 não foi derrubado no Congresso, foi preciso sacudir a poeira, dar a volta por cima e brigar pelo possível, pelo viável que ia começar a recompor as perdas salariais dos colegas já tão sacrificados por anos de desvalorização.
TRAMITAÇÃO NA CÂMARA E NO SENADO
A crise política que assolou o país naquele período atingiu em cheio a pretensão de aprovar o PL 2648 rapidamente. Mas após longa tramitação, o projeto foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados no dia 1º de junho de 2016. Na tramitação do Senado, já como PLC 29/2016, também foram necessárias muitas vigílias da categoria. O projeto foi aprovado no dia 30 de junho de 2016. A tática de negociação e pressão dos diretores do Sisejufe e servidores da base junto aos deputados e senadores foi decisiva para a aprovação do projeto no Congresso Nacional. O PLC virou Lei em 20 de julho de 2016, último dia permitido para a sanção presidencial. A categoria recebeu a primeira parcela do reajuste em folha suplementar naquele mesmo mês.