O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) encaminhou, nesta sexta-feira (12/12), resposta ao pedido apresentado pelo Sisejufe sobre a realização do Teste de Aptidão Física (TAF) dos Policiais Judiciais. No despacho assinado pelo presidente do Tribunal, Desembargador Peterson Barroso Simão, o TRE afirma não reconhecer a coordenação do Núcleo dos Agentes de Polícia Judicial do sindicato como legítima autora do requerimento, entendimento classificado pelo Sisejufe como incompatível, uma vez que se trata de parte segmentada da atuação da entidade na defesa da categoria.
O pedido do sindicato havia sido formalizado por meio do Ofício nº 305/2025, encaminhado à Presidência do TRE-RJ, no qual o sindicato solicitava a suspensão imediata do TAF, diante de riscos à saúde e à integridade física dos servidores. O documento destacou, inclusive, ocorrências graves registradas em outros tribunais, envolvendo mal súbito e óbito durante a realização de testes físicos, reforçando a necessidade de revisão dos critérios adotados, especialmente em relação à idade dos Policiais Judiciais.
Apesar do questionamento sobre a legitimidade dos subscritores, o Tribunal acatou parcialmente as preocupações apresentadas e anunciou, pela primeira vez, a adoção de medidas adicionais de segurança durante a aplicação do teste aos Policiais Judiciais. Entre as providências, está a presença de um bombeiro militar no local e o apoio de uma ambulância do Grupamento Especial de Salvamento e Resgate (GESR) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Para o Sisejufe, a implementação dessas medidas representa uma conquista direta do empenho do sindicato, que vem cobrando, de forma permanente, condições seguras e adequadas para a realização do TAF, com respeito à saúde, à vida e às especificidades dos Policiais Judiciais.
A entidade segue com o trabalho para garantir que os testes sejam compatíveis com a realidade da categoria e que o diálogo institucional seja pautado pelo reconhecimento do papel legítimo do sindicato na defesa dos servidores.
Por Caroline P. Colombo, a serviço do Sisejufe