O presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, a diretora do departamento Sisejufe Solidário Eunice Barbosa e a assessora política do sindicato, Vera Miranda, se reuniram com servidores e diretor da Subseção Judiciária de Angra dos Reis, juiz Rodrigo Gaspar, na última quinta-feira (26/09), para discutir o estudo realizado pela Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), que propõe a criação de um posto avançado como alternativa ao fechamento da Vara Federal. O levantamento também indica a transferência dos servidores da Vara para Subseção de Volta Redonda, devido ao aumento da violência no local e por conta da dificuldade em encontrar imóvel que atenda as necessidades da Justiça Federal e as restrições orçamentárias.
O posto avançado manteria alguns serviços, como perícias e audiências, o que diminuiria os prejuízos aos moradores, principalmente os mais carentes. O sindicato vem intermediando a negociação com a SJRJ desde 2017, mas a necessidade de corte no orçamento de 2020 tornou urgente a busca de uma solução.
Na reunião, os servidores apontaram que a melhor solução seria a manutenção de um posto avançado, com a transferência dos servidores para Volta Redonda. Eles disseram não concordar com a transferência para Campo Grande, como foi sugerido pelos servidores daquela subseção, como uma das alternativas para reduzir custos e não fechamento de ambas subseções, caso os funcionários de Angra concordassem.
Valter Nogueira Alves enfatizou que, em conversa com o diretor do Foro Osair Victor, foi informado que as propostas ainda estão sendo estudadas e que a administração do Tribunal – juntamente com os demais desembargadores – irá decidir o que será implementado. Diante desse relato, o sindicato estava ali para ouvir a categoria e encaminhar o que for decidido ao Dirfo.
A juíza Daniela Berwanger, presente à reunião, ressaltou, ainda, que o medo da violência agrava a situação em Angra do Reis. Segundo a magistrada, os servidores trabalham no limite do estresse, o que acaba gerando alta rotatividade do funcionalismo: foram 30 movimentações em 18 meses.
Diretora do Sisejufe, Eunice Barbosa acrescentou que o sindicato está ouvindo os servidores para mediar o diálogo com a administração. E esclareceu que os colegas de Campo Grande têm outras sugestões sendo construídas, além da possibilidade de receber o pessoal de Angra.
“O sindicato vai construir propostas na direção do que vocês decidirem. Estamos ouvindo de vocês que preferem Volta Redonda a Campo Grande e vamos defender essa decisão ”, afirmou a dirigente sindical.
Entenda o caso
A discussão em torno da Subseção de Angra dos Reis faz parte de um estudo elaborado pela Seção Judiciária para atender à necessidade de cortes para adequação ao orçamento de 2020. Também foi cogitada a possibilidade de fechamento das subseções de Magé e Campo Grande. O Sisejufe acompanha essas articulações e está intermediando o diálogo com a administração, a fim de impedir medidas drásticas que prejudiquem os servidores. A decisão passará pelo Pleno daqui a duas semanas.