Eunice Barbosa, presidenta do Sisejufe, foi recebida pelo secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Adilson Pires, na tarde desta segunda-feira, 07/08, para tratar de temas em prol das pessoas em situação de rua.
O encontro aconteceu no prédio da Prefeitura, no Centro do Rio. Ana Paula Rios, presidenta do Instituto LAR, instituição parceira do Sisejufe, também participou da reunião.
“Somos o sindicato dos servidores do Judiciário Federal, mas como trabalhadoras e trabalhadores, olhamos para todas as pautas da classe trabalhadora porque a gente entende que a gente só se avança se todos avançarem. Nesse sentido, temos um olhar muito carinhoso, muito especial, para alguns segmentos que a gente considera mais vulnerabilizados, como é o segmento das pessoas em situação de rua. São pessoas, sãos trabalhadores que estão à margem. Então, por isso, a gente tem uma atuação e um olhar muito especial para eles. E estamos aqui para ouvir, saber, conhecer o que a prefeitura do Rio vem pensando em termos de política pública para as pessoas em situação de rua. Queremos saber quais políticas estão em andamento para o segmento, considerando o disposto na Lei 6355/2021, que fala sobre a reserva de vagas para população em situação de rua por empresas contratadas pela prefeitura, bem como a Lei 6350/2018 que institui a política municipal de atenção à população em situação de rua, que deve ser implementada pelo Comitê Intersetorial, conforme previsto em seu artigo 10”, iniciou Eunice, já expondo o tema a ser debatido no encontro.
Em seguida, Ana Paula Rios apresentou o trabalho desenvolvido no Instituto LAR, expôs os números do projeto e questionou como a pasta poderia ajudar na intermediação de empregos que pudessem ser direcionados às pessoas em situação de rua assistidas pela ONG: “Somos uma ONG que funciona no Centro, na Rua do Senado. Um dos grandes diferenciais do instituto é a sua metodologia própria, que permite identificar os diferentes perfis da população de rua e, a partir disso, oferecer para cada indivíduo, dentro das suas individualidades, especificidades, um caminho possível, um caminho para que ele possa conseguir sua reinserção social. E isso, claro, é um processo. Por isso, nossa metodologia é dividida em três passos: Levante, Ande e Recomce. E sobre a Lei que dispõe sobre a reserva de vagas para a população em situação de rua, já mencionada pela Eunice, como isso funciona ou vai funcionar na prefeitura do Rio? Quem controla? Onde temos esses números? Como o Instituto LAR pode fazer parte, se inserindo no fluxo dessa reserva de vagas? Por tudo isso, o encontro de hoje é importante para avançarmos nesse sentido e juntos podermos construir políticas públicas que atendam, de fato, a população em situação de rua”.
O secretário ouviu todas as demandas e questionamentos levados pelo Sisejufe, se mostrou aberto ao diálogo e disse que a prefeitura está bastante atenta a essa pauta: “Eu tenho uma dedicação muito grande à área social. Esse tema de população da rua é prioridade, com certeza. Acabar com a população de rua é inviável. Todos ou quase todos os países do mundo lidam com isso, mas é claro, temos é que diminuir esse número que hoje é alto. Temos que atingir um pacto civilizatório para reduzir consideravelmente esses números. Construir políticas públicas que nos façam alcançar esse objetivo. Por isso, o diálogo entre o poder público , as entidades e a sociedade civil é sempre bem-vindo e necessário”, disse o secretário se colocando à disposição para ajudar na construção do Comitê Intersetorial e para novas reuniões, se necessário.
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