O que esperar de um governo em que Saúde, Educação e Cultura têm nenhuma relevância? Basta observar que os titulares das três pastas são totalmente alheios aos assuntos inerentes dessas áreas. Mas, por outro lado, fica bastante claro o motivo para que Saúde, Educação e Cultura não “mereçam” atenção na gestão do presidente Bolsonaro. Isso é fácil responder. Há um total descaso do atual governo com os três segmentos.
Por conta de mais um episódio estapafúrdio, a direção do Sisejufe, por meio dos seus departamentos de Acessibilidade e Inclusão (DAI) e o de Gênero e Raça, repudia com veemência a tentativa do Planalto de acabar com incentivo, via cotas, para pessoas com deficiência, negros e indígenas ingressarem em cursos de pós-graduação.
Como última medida, antes de deixar o Ministério da Educação, o ministro ‘fujão’ Abraham Weintraub revogou a portaria que garantia as cotas para esses segmentos da sociedade brasileira.
Mas uma vez, foi preciso o Poder Judiciário entrar no circuito impedindo que essa tentativa de exclusão fosse concretizada. Diante de tamanha repercussão, o governo Bolsonaro se viu obrigado a recuar revogar a medida de Weintraub.
O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado que a
Advocacia-Geral da União (AGU) explicasse o motivo para que portaria que garante
as cotas perdesse a validade. E como em um passe de mágica, o Ministério da
Educação anunciou nesta terça-feira (23/6) que a iniciativa do ministro fujão
foi derrubada.
O ministro substituto Antonio Paulo Vogel de Medeiros publicou a Portaria 559,
que torna sem efeito a portaria 545 de 16 de junho, assinada pelo ex-ministro
que ‘fugiu’ para os Estados Unidos com medo das investigações do Supremo faz no
processo das fake news.
Desta forma, a
direção do Sisejufe vem a público reafirmar o compromisso com a inclusão e que
se colocará contra sempre medidas que venham prejudicar todo e qualquer segmento
da categoria e da sociedade brasileira.