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Sisejufe participa de exibição para convidados da peça “Para meu amigo branco”

Promovido pelo Comitê de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ, evento, que aconteceu no CCJF, teve a presença de representantes do sindicato

Uma peça forte e provocativa, no melhor significado da palavra. Assim é “Para meu amigo branco”, que tem texto assinado por Rodrigo França e Mery Delmond. O espetáculo é inspirado no livro de mesmo nome do jornalista Manoel Soares e leva aos palcos muitas reflexões sobre o racismo estrutural no Brasil.

Na tarde desta quinta-feira, 07/11, aconteceu uma sessão especial para convidados, no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio. Promovido pelo Comitê de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ, o evento teve a presença de representantes do sindicato, servidores do Judiciário Federal, estagiários e magistrados.

Do Sisejufe, diretores e servidores sindicalizados estiveram presentes e prestigiaram a peça. No palco, Patricia Fernanda, diretora do Departamento de Combate ao Racismo do sindicato e uma das idealizadoras do Coletivo Negro da Justiça Federal do Rio de Janeiro, recebeu os convidados ao lado do elenco e do juiz federal Carlos Adriano Miranda Bandeira, presidente do Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ.

O diretor Rodrigo França afirma que a peça provoca o questionamento do que é ser antirracista. “O que é realmente ser antirracista? Não é simplesmente comprar um livro, não é ter amigos negros, ou ser casado com uma pessoa negra. O que é ser antirracista, de fato? E isso é uma reflexão e uma prática que toda a sociedade tem que ter. Não é só papel da escola, dos pais e responsáveis, da arte….é de todo mundo. A peça traz muitas vivências e dores que todos nós vivemos, sentimos e passamos e isso causa uma identificação absurda com as pessoas. E o bacana é que ela também expõe esse incômodo da pessoa que se se diz aliada, se diz antirracista, mas que vai percebendo que ela também é racista, sim. Então, é essa reflexão: de que lado você está, realmente?”

Marcelo Dias, que interpreta Monsueto, o pai de Zuri, a criança que sofre o racismo na escola, fez sua estreia na peça (substituindo o ator Reinado Júnior) nessa sessão e estava visivelmente emocionado. “Na minha época de escola, passei por tudo isso. As professoras nem falavam meu nome. Eu era o bagunceiro, o neguinho. Elas achavam que eu ia criar confusão e não gostavam nem de deixar eu ir ao banheiro. Hoje, estar aqui fazendo essa peça é muito forte e especial”.

A peça

Indicada ao prêmio Shell (2023), a peça “Para meu amigo branco” parte do relato de um pai que, em uma reunião escolar, suscita um importante debate sobre racismo: sua filha de oito anos foi chamada de “negra fedorenta” por um colega branco. Para a escola, é um caso de bullying. Para o pai da criança, um episódio claro de racismo. A partir daí, personagens brancos e negros trazem, para dentro da cena, a temática do racismo e como ele está presente no cotidiano da sociedade. O espetáculo é inspirado no livro homônimo do jornalista Manoel Soares e tem direção de Rodrigo França.

 

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