A direção do Foro da Seção Judiciária do Rio de Janeiro inaugurou nessa segunda-feira (2/4) o Espaço de Convivência e Inovação no 3º andar do prédio da Almirante Barroso. Além do que o próprio nome diz, o local estará permanentemente aberto aos servidores para leituras, pausa produtiva e funcionará também como laboratório e galeria de arte.
O diretor do Foro, Osair Victor de Oliveira, explica que o projeto foi pensado como um lugar “onde a vida se tornasse mais simples”. Que acolha os aposentados, mas que também pense o futuro da Justiça. Para refletir sobre o momento atual, ele declamou o Dança da Solidão, de Paulinho da Viola.
Ele agradeceu a parceria do Sisejufe por meio do seu principal dirigente, Valter Nogueira Alves, a quem chamou de “meu presidente”, pois é filiado ao sindicato, e ao presidente do TRF, André Fontes, pelo apoio à criação do Espaço de Convivência.
Para o presidente do Sisejufe, a solução para os males da atualidade está na afetividade. “A gente trabalha junto, mas não convive… É preciso conviver mais e melhor”, refletiu. Valter também aposta numa nova visão de Justiça, pois como ela está posta hoje, não resolve a complexidade da contemporaneidade. “Hoje ela não resolveria a parábola do Filho Pródigo”, exemplificou. O dirigente espera que outros prédios, como Venezuela e Rio Branco também recebam espaços semelhantes.
Em sua fala, André Fontes lembrou de Cartago, civilização da Antiguidade que se desenvolveu na Bacia do Mediterrâneo com grandes progressos tecnológicos e rival de Roma. O presidente acredita que a vitória da civilização romana sobre a outra se deu tendo em vista da grande importância que dava a convivência, a partir de teatros, banhos, estádios e praças. Ele acredita que o Espaço de Convivência e Inovação, para além de promover o equilíbrio emocional e motivacional “é um lugar para pensar em realizar, em construir um país”.
Em seguida da solenidade, foi descerrada a placa em homenagem aos aposentados da Justiça Federal de 2017 e 2018. A galeria de arte foi inaugurada pelo servidor e artista plástico Julio Probo, que classifica suas pinturas como “expressionismo pop”.