Diretoria acompanha lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária
Diretores do Sisejufe fizeram mais um dia de articulações no Congresso Nacional, acompanhando os desdobramentos dos destaques na votação do relatório da Reforma da Previdência na Comissão Especial. Os dirigentes sindicais conversaram com várias lideranças e participaram de uma reunião com a liderança da minoria, juntamente com outras entidades. O objetivo é buscar apoio parlamentar contra a PEC 6 e propor alternativas que minorem o impacto da proposta de desmonte da Previdência. Representaram o sindicato do Rio o presidente da entidade, Valter Nogueira Alves e as diretoras Soraia Marca e Lucena Pacheco, que é também coordenadora da Fenajufe.
“Mesmo com o complemento no relatório do texto da reforma da previdência, não há espaço para a construção de consenso. Não há possibilidade de unificação em uma proposta que quer acabar com o sistema previdenciário brasileiro, isso é o que mais ouvimos aqui no Congresso. Nem os parlamentares da base de apoio são unânimes quanto ao texto da reforma. Ainda assim, teremos muito o que lutar para que consigamos interromper o curso dessa reforma apresentada por Guedes e Bolsonaro”, afirmou Lucena.
REFORMA TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA
Pela manhã, os diretores acompanharam, no auditório Nereu Ramos, a audiência pública de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária. O novo grupo será coordenado pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) e pretende fomentar o debate, com a participação de diversas entidades representativas da sociedade civil, em torno de uma proposta de Reforma Tributária comprometida com a construção de um modelo efetivamente progressivo, que proporcione desenvolvimento econômico e redução das desigualdades.
O presidente da Associação Nacional dos Auditores Ficais (Anfip), Floriano Martins, destacou que é chegada a hora de fazer a verdadeira Reforma Tributária que atinja os verdadeiros privilegiados do país.
PREVIDÊNCIA NO FOCO
A Previdência também ganhou espaço no primeiro dia de debate do novo grupo, cuja mesa de trabalhos foi conduzida pelo senador Paulo Paim. A senadora Zenaide Maia destacou que é falácia dizer que servidor é privilegiado, uma vez que tem descontados diretamente de seu contracheque 27% sobre sua remuneração. “A reforma coloca o servidor público como privilegiado para tirar o foco de que o maior prejudicada é a população de um modo em geral”, ressalta a diretora Soraia Marca.
Presente à audiência pública, a professora da UFRJ, Denise Gentil, afirmou que a Previdência é tratada equivocadamente como o grande problema para o desenvolvimento deste país: “Se a reforma for aprovada da forma como foi apresentada, mesmo com os substitutivos, será uma catástrofe social. O governo tem grandes argumentos com zero de provas. Defende um tema com base em informações com provas nunca apresentadas. Faltam dados. O modelo de projeção do governo da forma como foi disponibilizado ao público não é operacional”.