Com a exibição do filme “Selma” (ou “Selma – uma luta pela igualdade”), acontecerá a primeira sessão de mais uma iniciativa político-cultural do sindicato: o Cine Debate Sisejufe. O evento está marcado para o dia 29 de maio, às 18h, no auditório do sindicato, na avenida Presidente Vargas, 509/11º andar, no Centro do Rio.
O racismo sem rodeios
“Selma” é uma narrativa sem rodeios da história da luta de Martin Luther King Jr. pela garantia do direito de voto dos afro descendentes – uma campanha perigosa e aterrorizante que culminou na marcha épica de Selma à Montgomery, no estado do Alabama, e que estimulou a opinião pública norte-americana e convenceu o presidente Lyndon Johnson a implementar a lei dos direitos de voto em 1965.
Em 2015, quando o filme, produzido em 2014 e dirigido por Ava DuVernay, foi indicado ao Oscar, era comemorado o 50º aniversário daquele momento crucial para o movimento dos direitos civis e da igualdade racial. Ava Marie DuVernay, cineasta negra, é a fundadora do African-American Film Festival Releasing Movement – AFFRM –, que incentiva a produção e a distribuição de filmes independentes de diretores negros.
O início do fim da segregação racial no Sul dos EUA
No dia 7 de março de 1965, que passou à história como “Domingo Sangrento”, uma marcha pacífica de cerca de 600 manifestantes dirigiu-se de Selma à Montgomery, capital do Alabama, para reivindicar pleno direito ao voto para a população negra do estado. Bloqueados na altura da ponte Edmund Pettus, sobre o rio Alabama, os participantes foram violentamente atacados pela polícia. A repressão brutal, exibida ao vivo pela tevê, comoveu a população e marcou o início do fim das chamadas leis Jim Crow (Jim Corvo), que sustentavam a segregação racial nos estados sulistas.