O Sisejufe busca apoio para cobrar do governo do estado providências contra a violência desmedida da Polícia Militar ao reprimir manifestantes no ato de 15 de março organizado para protestar contra a Reforma da Previdência. Na segunda-feira (20/03), os diretores do sindicato Fernanda Lauria e Ricardo Quiroga, juntamente com os servidores Mariana Petersen (JF de Caxias), Fabiana Ramos (TRT) e Pablo Barros (TRE) estiveram reunidos com o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDH) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Marcelo Freixo (Psol), e duas assessoras da comissão.
Na reunião, foram narrados os fatos ocorridos após a manifestação do dia 15 de março contra a Reforma da Previdência em que a Policia Militar reprimiu violentamente os manifestantes. O episódio ocorrido no Amarelinho, em que um policial da Tropa de Choque lançou uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do bar, foi ponto específico da conversa.
O deputado Marcelo Freixo se mostrou indignado com a brutalidade da Polícia Militar e citou o episódio ocorrido também após a passeata do dia 15, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS), no Largo de São Francisco, no qual a PM, igualmente ao que fez no bar na Cinelândia, atirou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo dentro do prédio.
“É preciso dar um basta na violência do Batalhão de Choque, que virou uma tropa antimanifestação”, disse o parlamentar.
O deputado orientou o grupo a procurar o Ministério Público Militar e apresentar os vários vídeos e relatos feitos naquela noite. O parlamentar se comprometeu cobrar explicações da Secretaria Estadual de Segurança Publica sobre os atos brutais e gratuitos da tropa de choque após a manifestação.
Freixo também garantiu que vai solicitar à secretaria a identificação do policial que atirou a bomba no Amarelinho com base no vídeo que foi amplamente divulgado nas redes sociais, que mostra o momento exato em que o agente lança a bomba contra as pessoas que se abrigavam dentro do bar.
Para Ricardo Quiroga, a situação está se agravando. “A violência policial contra as manifestações dos trabalhadores está piorando e se vê claramente que a Tropa de Choque não tem a menor intenção de deter alguém, mas agredir e aterrorizar as pessoas com todos os instrumentos possíveis: gás lacrimogêneo, balas de borracha e bombas de efeito moral”, denunciou.
“A violência que sofremos naquela noite pela polícia do governador Pezão não será esquecida. Vamos até o fim para dar um basta nessas práticas abusivas. Temos uma corporação que ao invés de proteger a população, agride e causa terror”, conclui Fernanda Lauria.
Fonte: Imprensa Sisejufe com informações da diretora Fernanda Lauria