Nova reunião está prevista para os próximos dias
Na tarde da última terça-feira (30/8), o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira, a diretora Fernanda Lauria e a funcionária do sindicato Simone Borges reuniram-se no auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) com servidores da capital e das zonas eleitorais de Niterói, para discutir a situação da Unimed-Rio. No encontro, foi feito um diagnóstico da saúde suplementar no Estado do Rio de Janeiro.
Valter iniciou sua fala informando acerca da preocupação da direção do sindicato com a situação política pela qual passa a cooperativa. No entendimento dos dirigentes, a Unimed-Rio tem vivido uma crise muito mais política do que econômica e financeira. O sindicato espera que, com a eleição da nova diretoria da cooperativa, o quadro se normalize e o plano possa retomar seu padrão de atendimento.
“Hoje, os principais órgãos de controle (ANS, MPF e defensorias) constituíram uma força-tarefa para acompanhar de perto toda a gestão da cooperativa. Esse grupo entende que a Unimed-Rio é uma operadora extremamente importante para o sistema de saúde suplementar do Rio de Janeiro e tem todas as condições de se manter no mercado de saúde, mas que é preciso que a direção da cooperativa tome as providências necessárias, entre elas, o aporte financeiro por parte dos médicos cooperados. Segundo a imprensa, esse montante seria da ordem de R$ 200 milhões, em 2016.”
No encontro com os servidores, além das informações prestadas sobre situação da Unimed-Rio, Valter informou que o sindicato, juntamente com a Qualicorp vem buscando alternativas caso a falta de atendimento não se resolva, o que levaria necessariamente à migração para um outro plano de saúde, com a garantia do mesmo padrão oferecido pelo atual: sem nenhuma carência, com os mesmos valores, mesma rede de atendimento clínico, laboratorial e hospitalar e cobertura nacional.
Valter disse que o maior problema enfrentado pelos servidores associados ao plano do sindicato está no atendimento da Unimed-Leste Fluminense, área que abrange um número de 507 pessoas assistidas.
“Segundo contatos feitos tanto com a Unimed-Rio quanto com a Qualicorp, os problemas tendem a ser resolvidos, mas se isso não ocorrer, a solução seria a migração para outro plano, que poderia ser a própria Leste Fluminense”, observou Valter.
Se não houver atendimento, sindicalizado deve procurar o Departamento Jurídico do sindicato
Valter ressaltou que nenhum atendimento pode ser suspenso . “Nenhum cooperado, seja médico, clínica ou instituição hospitalar, pode negar atendimento a qualquer usuário que esteja em dia com a sua mensalidade. Esse é um procedimento ilegal e, caso ocorra, o sindicalizado deve entrar imediatamente em contato com nosso setor jurídico para que sejam tomadas as providências a partir de uma ação de cumprimento do atendimento e perdas e danos”.
Outras possibilidades
Alguns servidores presentes à reunião no auditório do TRE sugeriram que o sindicato apure informações sobre outras redes menos conhecidas, que poderiam ser alternativas ao atual contrato. Foram citadas as redes Caberj e Pame. Valter se comprometeu em apresentar os dados dessas redes na próxima reunião da entidade com os servidores.
Negociação do Sindicato resulta em reajuste menor para servidores
O presidente do Sisejufe lembrou que os custos com assistência médico-hospitalar têm sido superiores à inflação no Brasil. A chamada inflação médica, que em 2015 ficou em torno de 18%, é um fator que influencia diretamente as despesas dos planos de saúde. O índice reflete a variação de preços de serviços médicos e hospitalares, incluindo ainda laboratórios, clínicas, hospitais, entre outros itens. Pelas projeções da Confederação Nacional de Saúde (CNS), a inflação médica deve atingir uma alta de 20%, em 2016.
A correção de 17,5% de 2015, obtida em negociação do sindicato com a rede Unimed-Rio, ficou abaixo da inflação médica e levou em conta o peso da sinistralidade dos usuários que aderiram ao plano de saúde coletivo da categoria. A sinistralidade é o resultado dos gastos quando os clientes usam os serviços. Quanto mais os itens do plano são utilizados, maior é o custo final. O índice de sinistralidade previsto no contrato do Sindicato com a Unimed-Rio é o adotado pelo mercado, de 70%. A média das demais redes está em torno de 80%, chegando até a 90%, em alguns casos.
Fonte: Imprensa Sisejufe