Trabalhadores devem fazer uma grande mobilização nacional no dia 30
A mobilização contra o desmonte do Judiciário Federal e a retirada de direitos foi intensificada nessa terça-feira, 20 de junho. A Direção do Sisejufe e a categoria fluminense estiveram mobilizados nos locais de trabalho no início da tarde. Os atos se caracterizaram como uma “atividade esquenta” para o dia 30 de junho, data programada para uma Greve Geral Nacional, convocada pelas centrais sindicais do Brasil.
Servidores do TRT1 fazem a sua parte
Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT1) do Rio fizeram a sua parte. O funcionalismo do Tribunal participou com atos na porta dos prédios da Augusto Severo e da Lavradio. A categoria se mobilizou contra as reformas e, no caso do TRT1, contra o Ato 55 e a restrição ao uso de ar-condicionado, entre outros ataques por parte da Administração. Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe, comemorou junto aos seus colegas, os resultados das seguidas mobilizações e atuação junto aos parlamentares das diversas categorias, que resultaram na excelente notícia da derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, com a rejeição do relatório da Reforma Trabalhista. “Precisamos seguir mobilizados e pressionando tanto interna quanto externamente.”
“Estamos aqui na Lavradio em protesto contra o aumento da jornada de trabalho no TRT1, assim como os companheiros do TRE estão protestando contra o fechamento de diversos cartórios eleitorais na capital e no interior. Além disso, a manifestação é nacional e contra as reformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer, que vão retirar direitos dos trabalhadores”, salientou Amauri Pinheiro, também diretor do Sisejufe, classificando como arbitrária a decisão da Presidência do TRT do Rio de ampliar a jornada de trabalho dos servidores do Tribunal.
TRE: contra o desmonte da Justiça Eleitoral: nenhuma ZE a menos
Servidores do Tribunal Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (TRE/RJ) participam do dia de protesto “Contra o desmonte da Justiça Eleitoral: nenhuma ZE a menos”, em função e em contraponto à Resolução 219, do CNJ, e do Ato Normativo do TSE que opera mudanças que terminam por estrangular o Judiciário brasileiro.
Lucena Martins, Jovelina Alves e Adriana Tangerino, diretoras do Sisejufe, agitaram e mobilizaram os trabalhadores em frente ao prédio do Tribunal, na avenida Presidente Wilson. As falas das diretoras do Sisejufe se pautaram especialmente contra o desmonte do Judiciário, mas, também, foram dirigidas ao público em geral que transitava em frente ao Tribunal, fazendo denúncias contra as reformas Previdenciária e Trabalhista.
Em Campos dos Goytacazes, o ato foi realizado em frente ao prédio da Justiça Eleitoral. “O que está em curso é um projeto muito maior do que estamos sofrendo com a extinção das zonas eleitorais: é um ataque ao servidor público, um projeto de desmonte do serviço público como um todo, que está começando pelo Poder Judiciário da União, com os ataques às justiças Eleitoral e Trabalhista”, destacou a diretora do Sisejufe Fernanda Lauria.
O servidor Nelson de Souza, de Campos, acredita que o momento é de união e que é preciso entender a luta como de todos. “A gente precisa deixar de se importar apenas com as questões pessoais e pensar no coletivo.”
Para o servidor Lucas Costa, de Volta Redonda, se existe alguma dúvida se foi golpe ou não, o que não se pode discutir é que a pauta do governo Temer é contrária ao que anseia a maioria da população, tanto para quem votou como para quem não votou em Dilma Rousseff, agradando apenas a um pequeno grupo que está no poder. “A conjuntura atual permitiu que Ives Gandra chegasse TST e Gilmar Mendes no TSE para promover a precarização do Poder Judiciário.”
Após o ato, os servidores de Campos e região participaram da primeira reunião setorial para debater os impactos decorrentes do rezoneamento no interior do estado.
TRF2: servidores precisam seguir mobilizados
Em frente ao TRF2, os servidores mostraram sua indignação contra as reformas neoliberais e denunciaram o que vêm sofrendo seus colegas no TRE e TRT1. Sobre a Reforma da Previdência, Soraia Marca, diretora do Sisejufe, destacou que se a Reforma da Previdência for aprovada, os servidores deverão trabalhar mais 10 anos e os 11% descontados além do teto serão confiscados pelo governo. “Vamos trabalhar mais e receber menos”. A dirigente também falou sobre o trabalho que o Sisejufe e os servidores vêm fazendo em Brasília, junto aos parlamentares, e comemorou a derrota da Reforma Trabalhista na comissão do Senado. “Sem continuar lutando, não vamos barrar o ataque aos direitos da população.”
Para o diretor Edson Mouta, apesar da vitória no Senado, não é hora de baixar a guarda. O dirigente criticou as reformas, que estariam a serviço do mercado financeiro e não da população, e denunciou o adoecimento da categoria. “A cada ano aumentamos a produtividade e o que recebemos em troca é mais trabalho e menos direitos.”
Também participaram do ato no foro da Acre, os diretores Ronaldo das Virgens e José Fonseca.