“A categoria precisa se manter alerta e mobilizada e não deixar o sentimento de insatisfação esfriar”, a declaração da técnica judiciária do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio Raquel Albano resume bem o que deve ser feito pelos servidores do tribunal para manter a pressão sobre a Presidência do tribunal na tentativa de derrubar o Ato 55. Com a entrada em vigor da medida, a jornada de trabalho do funcionalismo do TRT foi estendida para 9 horas diárias.
Raquel participou nesta quinta-feira (29/6) de mais um protesto ocorrido durante a sessão do Órgão Especial do TRT. A servidora, juntamente com os diretores do Sisejufe Amauri Pinheiro, Ricardo Quiroga e Jovelina Alves, ressaltou a importância de cada vez mais os funcionários estarem unidos. “Não podemos deixar pra lá essa situação. Temos que pressionar até o Ato 55 cair”, conclamou a servidora.
Mais uma vez, os funcionários que participaram da manifestação no auditório do 4º andar do prédio da Antônio Carlos mostraram a total insatisfação com a decisão da Presidência em aumentar a jornada de trabalho. E para piorar a situação, o TRT determinou que os equipamentos de ar-condicionado não fiquem ligados até o fim do expediente prolongado.
“Aumentar a jornada de trabalho significa, para quem não sabe também, receber um salário menor. Sem contar que abrirá precedentes não só na Justiça do Trabalho, como em todo o Poder Judiciário Federal. É uma quebra de isonomia. Temos que acordar desse pesadelo e gritar!”, avalia Raquel de Almeida.
O diretor do Sisejufe Ricardo Quiroga assegurou que a entidade continuará na luta e mobilizando os servidores para derrubar o Ato 55. “Não desistiremos. O Rio é o único tribunal que está aumentando a sua jornada”, disse o dirigente sindical.
Resolução 219 voltará a ser discutida em próxima sessão
Nessa quinta-feira, o colegiado de desembargadores votaria a aplicação da Resolução 219/16 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A determinação do conselho dispõe sobre a distribuição de servidores, cargos e funções nos órgãos do Poder Judiciário, priorizando o Primeiro Grau. Mas propostas alterações foram apresentadas e o tema voltará a ser discutido na próxima sessão do Órgão Especial.
Fonte: Texto e foto – Max Leone – Imprensa Sisejufe