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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Servidores do TRE-RJ lotam o Plenário do tribunal, em ato contra atitudes arbitrárias da Administração

Após mobilização potente que, além da participação presencial, contou também com o engajamento de colegas nos cartórios, o presidente do TRE-RJ recebeu o Sisejufe.

As servidoras e os servidores da Justiça Eleitoral atenderam ao chamado do sindicato e participaram em peso do ato com ocupação silenciosa do plenário do TRE-RJ, na última quinta-feira (13/6). Os manifestantes se reuniram primeiro na porta do tribunal. Vestidos de preto e segurando cartazes com mensagens por respeito e condições dignas de trabalho; contra jornadas abusivas; pela manutenção do teletrabalho e pela volta do trabalho remoto, eles ouviram as falas dos diretores do Sisejufe.

A diretora do sindicato e coordenadora da Fenajufe Fernanda Lauria lembrou que os abusos que ocorreram no fechamento do cadastro eleitoral, com servidores trabalhando em jornadas excessivas, pela madrugada adentro, foi o ápice do problema. “A atual administração chegou já retirando conquistas importantes como o trabalho remoto. É algo incompreensível e sem justificativa porque os números do TRE-RJ só aumentaram com o trabalho remoto. O tribunal começou a ganhar selo bronze, selo prata. A Justiça Eleitoral foi objeto de uma matéria do próprio CNJ destacando o aumento de mais de 80% na produtividade de 2020 para cá. Então, não tem justificativa plausível retirar o trabalho remoto”, comentou a dirigente sindical.

O diretor Lucas Costa complementou que submeter os servidores a jornadas extenuantes foi um absurdo, já que havia outras formas de avançar na biometria, como por exemplo, recorrendo ao atendimento diferido, ou seja, em duas etapas. “As consequências foram que nós adoecemos, nós retrocedemos pela perda de trabalho remoto, que era bom para a Administração e para os servidores. Nós tentamos dialogar, mas não houve avanço. Temos ouvido diuturnamente reclamações sobre adoecimento, o número de licenças médicas aumentou… e o trabalho remoto tinha diminuído isso. É fundamental que seja reaberto o diálogo”, apontou Lucas.

Da porta do tribunal, os manifestantes se dirigiram ao plenário do TRE, onde fizeram a ocupação silenciosa. Exibindo os cartazes, os servidores e servidoras lotaram o local. O ato contou com a participação dos diretores Vitor Maciel, Juliana Avelar, Vitor Hugo, Robson Vilela e Ricardo Pinto, além da presidente do Sisejufe, Lucena Pacheco Martins e alguns diretores das outras justiças.

A ação repercutiu nos corredores do prédio sede e surtiu o efeito esperado. Com um ofício em mãos, os diretores do Sisejufe pediram que fossem recebidos pela a Presidência do regional. A reivindicação foi prontamente atendida. Os dirigentes se reuniram com o presidente do TRE-RJ logo após a sessão de julgamento em que ocorreu o ato.

No documento entregue ao presidente, a diretoria reivindica os pontos que foram deliberados na assembleia realizada pelo sindicato no dia 14 de maio. São eles: regulamentação do fechamento do cadastro, por meio de resolução, incluindo expressamente a possibilidade dos cartórios eleitorais e CAEs adotarem o atendimento biométrico diferido; o retorno da modalidade de trabalho remoto; autorização de regresso ao teletrabalho dos (as) servidores (as) que já haviam obtido deferimento dessa modalidade; interrupção do processo de cancelamento do teletrabalho, já que vem sendo promovido gradualmente; esclarecimentos sobre a situação da segurança dos servidores e servidoras no atual prédio-sede do Tribunal com a falta de certificado do Corpo de bombeiros; realização de reuniões regulares da Administração com a CORZE, contando com a presença do sindicato; retratação do presidente e do vice-presidente e corregedor por todo o estresse físico e emocional causados com a imposição de jornadas extenuantes.

No ofício, o Sisejufe destaca que, caso as reivindicações não sejam objeto de negociação, sendo simplesmente desconsideradas pela Administração, deverá ser desencadeado processo de paralisação da categoria.

O diretor Vitor Maciel avaliou a ação como positiva. “Só tenho a agradecer a participação de todas e todos no ato. Foi bonito ver que ainda há mobilização por parte das servidoras e servidores. Houve sensibilidade da Administração em nos receber para ouvir as demandas da categoria. Agora é continuar na luta para que sejam efetivadas”, afirmou o dirigente.

Mobilização nos cartórios

Os servidores que não participaram presencialmente, trabalharam vestidos de preto, imprimiram cartazes e enviaram as fotos da mobilização. Contamos com a participação de colegas da 36ª, 68ª, 69ª, 87ª, 132ª, 133ª e 135ª Zonas Eleitorais (todas em São Gonçalo); 4ª e 211ª Zonas Eleitorais (ambas no jardim Botânico); 101ª Zona Eleitoral (Cantagalo); 123ª Zona Eleitoral (Deodoro); 122ª ZE/RJ (Campo Grande); 152ª, 153ª e 154ª Zonas Eleitorais (todas em Belford Roxo); 50ª Zona Eleitoral (Casimiro de Abreu); 246ª Zona Eleitoral (Santa Cruz); 23ª Zona Eleitoral (Marechal Hermes); 219ª Zona Eleitoral (Rocha Miranda);  97ª Zona Eleitoral (Cambuci); e 131ª Zona Eleitoral (Volta Redonda).

 

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