Manifestação reuniu na tarde desta terça-feira (24/02) cerca de 800 servidores do Judiciário e do MPU no gramado do Congresso Nacional. Os servidores vestiam roupas e guarda-chuvas pretos em luto pela Justiça. Deixaram o local com a notícia de que, ao contrário do que pretendia o governo, a LOA não seria votada.
Com faixas, apitos, fogos de artifício e buzinas, os manifestantes fecharam a via de acesso à Chapelaria do Congresso Nacional e não recuaram mesmo com a truculência da Polícia Legislativa e da Política Militar do Distrito Federal, que impediram a aproximação dos servidores à entrada do Salão Negro.
Para vencer o bloqueio policial, os manifestantes contornaram e ocuparam o espelho d’água, deixando claro aos policiais que mais uma fez fizeram uso da repressão desnecessária por meio de spray de pimenta e assédio (gritos e intimidação). Os servidores resistiram.
Apoio parlamentar
Para o coordenador Jailton Assis, que acompanhou a reunião de Líderes com o objetivo de buscar uma audiência com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é importante lutar pela inclusão dos recursos necessários à viabilização dos PLs 7.919 e 7.920, ambos de 2014, na LOA-2015. Mas é necessário pressionar os parlamentares, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria Geral da República, pela votação dos projetos de lei.
“O primeiro passo é a inclusão dos projetos na LOA, mas com ou sem inclusão orçamentária vamos lutar pela aprovação do nosso reajuste. Vamos até o fim”, frisou Jailton.
Ele explicou que obteve a informação de que a Lei Orçamentária Anual não foi votada na terça-feira, pois não houve negociação sobre os três vetos que trancam a pauta. Além disso, foi reaberto hoje o prazo para emendas ao PLOA, o que garante que a Lei Orçamentária não será aprovada sem uma nova rodada de debates entre os parlamentares.
Intensificação da luta
Para o coordenador Cledo Vieira, é preciso intensificar a pressão sobre o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral Rodrigo Janot, sobre o presidentes da CCJ, da CFT e da CMO, para que a injustiça cometida contra os servidores com reajustes, gratificações e auxílio-moradia somente para autoridades seja reparada.
“Brasília mostra mais uma vez sua insatisfação com esse tratamento diferenciado. Não dá para continuar com uma política de data-base só para magistrado, procurador, parlamentar, presidente, ministro”, defendeu Cledo.
Campanha dos Federais
Nesta quarta-feira (25/02) pela manhã está previsto, em frente ao Ministério do Planejamento, o lançamento oficial da campanha salarial dos servidores públicos federais.
Fontes: Imprensa Sisejufe, com informações do Correio Braziliense e SindjusDF / Foto: Valter Campanato (Agência Brasil)