Milhares de manifestantes participaram, nesta quinta-feira (03/10), de um ato unificado pela Educação, pela saúde, por empregos, em defesa da Amazônia e contra a decisão do governo Bolsonaro de privatizar 17 empresas públicas. Vindo de diferentes locais da cidade do Rio, estudantes, professores, trabalhadores, centrais sindicais e integrantes de movimentos sociais se uniram em frente à Candelária e seguiram em caminhada até o edifício sede da Petrobras. Diretores do Sisejufe e servidores do Judiciário Federal participaram da passeata, embora em menor número, se comparado aos atos anteriores.
“No momento em que o serviço público está sendo flagrantemente atacado pelo atual governo, é importante que cada colega priorize a participação num evento como esse. É um recado importante que a gente está dando aqui no Rio de Janeiro e que tem que chegar a Brasília: que o funcionalismo público de uma maneira geral não vai aceitar os cortes na Educação e a proposta de desmonte do serviço público que o atual governo está querendo implementar”, destacou a diretora do Sisejufe Mariana Liria.
A data escolhida para o ato foi estratégica, já que tem uma importância histórica por ser o aniversário de 66 anos da Petrobras, a principal estatal do país que está sendo desmontada pelo governo Bolsonaro.
“É muito importante o sindicato continuar mobilizado junto aos movimentos sociais e outras categorias na luta contra o desmonte do Estado brasileiro, contra o entreguismo do patrimônio e dos recursos naturais no Brasil. Quando abrimos mão de investimento na tecnologia, na ciência, na pesquisa e na educação, nos tornamos um país dependente dos outros países. Entregar nosso patrimônio e deixar que se destrua o meio ambiente é permitir um futuro cada vez mais sombrio para as próximas gerações e isso nós não podemos admitir”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Lucas Costa.
Estiveram presentes ainda os diretores Ricardo Azevedo, Fernanda Lauria, Amauri Pinheiro, Eunice Barbosa, Rodrigo Alcântara , Mariana Petersen e Ronaldo das Virgens.
Para Fernanda Lauria, a categoria precisa lutar enquanto há tempo.
“Os servidores precisam entender que tudo pelo qual lutamos hoje, nesta manifestação, diz respeito a eles também. O corte na Educação e as privatizações nas estatais estão ligados ao projeto de governo de estado mínimo, de desmonte do serviço público e isso nos afeta diretamente. Eu pego como exemplo a Justiça Eleitoral: ao mesmo tempo que temos um governo com uma política de arrocho, querendo cortar salário, privatizar, se exige do servidor que preste serviço de excelência, como no caso da biometria, em que estão exigindo dos servidores um serviço de altíssima qualidade sem dar a infraestrutura necessária. Esse é só um exemplo de como a política imposta por esse governo e contra a qual viemos para a rua hoje afeta diretamente os servidores, não só do Judiciário, como do serviço público de maneira geral, e, principalmente a população, que é quem depende desses serviços públicos”, alerta a dirigente sindical.