Ordem é radicalizar a greve e derrotar o governo
O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, não aceitou a proposta oferecida pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de 21,3% de reajuste para os servidores do Judiciário. A reunião entre os dois aconteceu na noite desta quinta-feira (25/6).
Esse percentual seria parcelado entre os anos de 2016 e 2019, sendo 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, 4,5% em 2019. Segundo o ministro do Planejamento, o reajuste foi calculado com base na inflação estimada para o período.
Diante da proposta rebaixada, Lewandowski disse ao ministro que precisava conversar com representantes dos servidores.
A proposta do Executivo revoltou a categoria, que já se articula para intensificar a greve. “Queremos respeito. Vamos para o tudo ou nada. O governo Dilma continua trabalhando para derrotar a categoria e evitar a aprovação da reposição salarial. A ordem é derrotar o governo. Só a radicalização da greve pode garantir a vitória”, afirmou Valter Nogueira Alves, diretor-presidente do Sisejufe.
Valter disse ainda que os servidores precisam mostrar força e a indignação, comparecendo em peso à passeata do dia 29 de junho no Centro do Rio.
A proposta que os servidores defendem
A proposta original do PLC 28/2015, prevista para ser votada no plenário do Senado no próximo dia 30, estabelece reposição salarial escalonada, em média de 59,49%. O aumento varia de 53% a 78,56%. O pagamento do reajuste seria dividido em seis parcelas sucessivas, entre julho de 2015 e dezembro de 2017.