Servidores públicos do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público da União realizam Ato e manifestação pela recomposição salarial em frente ao STF
Um Ato público e uma manifestação com cerca de 1,5 mil trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) impediu por cerca uma hora o trânsito nas vias que circundam a Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília nessa quarta-feira, dia 27.
Manifestantes são recebidos com spray de pimenta
Ao se aproximar do Supremo Tribunal Federal (STF), a manifestação romperam uma das barreiras que dão acesso, por rampa, ao STF. A polícia, como não poderia deixar de ser, conteve os manifestantes usando spray de pimenta.
Servidores do Rio participam ativamente do Ato/Manifestação
Como não poderia deixar de ser, estavam lá cerca de 25 trabalhadores do Judiciário Federal no Rio de Janeiro sob a liderança do Sisejufe. Os servidores, em greve desde o dia 20 de agosto pedem a recomposição salarial, que não é alterada há oito anos.
O Poder Judiciário e o MPU já encaminharam ao Executivo suas propostas orçamentárias para 2015, com os cálculos do reajuste dos servidores.
Participaram do ato servidores de 17 sindicatos, representando o Distrito Federal e 15 estados. Além da base do Sindjus/DF, as maiores delegações ficaram por conta do Sinjufego/GO (44 pessoas), Sindiquinze/SP (36), Sisejufe/RJ (25), Sintrajud/SP (21), Sitraemg/MG (10) e Sintrajufe/RS (10). Também enviaram representantes Sindjus/AL, Sinje/CE, Sintrajufe/CE, Sinpojufes/ES, Sintrajufe/MA, Sindijufe/MT, Sindjuf/PB, Sindjero/RO, Sinsjustra/RO-AC e Sintrajusc/SC.
Na Praça dos Três Poderes, manifestantes ocuparam a rampa do STF e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, que chegou a utilizar spray de pimenta para dispersar o grupo. A segurança do Supremo também fez questão de mostrar truculência e chegou a intimidar servidores. Pouco depois a situação se acalmou e logo uma comissão formada por dirigentes da Fenajufe e do Sindjus/DF foram recebidos pelo diretor geral do STF, Amarildo Vieira. Participaram Cledo Vieira, João Evangelista, Mara Weber, Pedro Aparecido e Jailton Assis.
Na reunião, Amarildo informou que, ainda esta semana, encaminhará à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, um novo texto para o PL 6.613/09, assinado pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, com o mesmo teor do substitutivo anterior, inclusive o impacto orçamentário. Esta iniciativa tem o objetivo de sanar um problema de vício formal, uma vez que o ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, havia delegado a assinatura do documento ao então diretor geral.
Lewandowski também enviará nova mensagem ao Executivo dando ciência sobre o envio do novo texto à Câmara. Além disso, o presidente do STF enviará um Projeto de Lei de reajuste para os magistrados.
Ao ser cobrado pelos sindicalistas, Amarildo informou que até o momento o STF não tem reunião marcada com o governo para discutir as reivindicações do Judiciário para o orçamento de 2015. Ele manifestou a possibilidade de que seja realizado um contato ainda esta semana, mas disse que na impossibilidade de acontecer uma reunião entre Lewandowski e Dilma, o novo texto do PL 6.613 será encaminhado à Câmara com impacto integral em 2015.
Como ainda não há nada de concreto com relação à garantia de reposição salarial, a pressão sobre Lewandowski e Dilma aumentará até que haja uma negociação com resultados práticos. Atualmente a greve por tempo indeterminado está se fortalecendo e já está em curso na base de dez sindicatos. São eles Sindjus/DF, Sindiquinze/SP, Sintrajufe/RS, Sintrajusc/SC, Sindijufe/MT, Sindjufe/BA, Sintrajud/SP, Sisejufe, Sintrajurn/RN, Sintrajufe/PI. Outros sindicatos estão se mobilizando e realizando diversas paralisações, com possibilidades de adesão à greve em breve.
Imprensa Sisejufe e Imprensa Fenajufe