Os servidores do Judiciário Federal estão cada vez mais mobilizados em todo o estado do Rio de Janeiro pela aprovação do PLC 28/15. Seguindo o calendário da Fenajufe, a categoria começou nesta terça-feira (2/6) paralisação de 48 horas. O próximo passo será definir se haverá greve no estado a partir de 10 de junho.
Vários tribunais interromperam as atividades no primeiro dia de paralisação e os funcionários já avisaram que nesta quarta-feira continuarão parados, atendendo apenas os casos de urgência. A 1ª Vara Federal de Itaboraí e a 2ª Vara Federal de Niterói não fizeram atendimento de balcão na terça-feira. Quarenta e nove zonas eleitorais também ficaram fechadas. Na Justiça Federal Venezuela, no Centro do Rio, estão cruzando os braços por 48 horas os servidores da 3ª, 5ª e 10ª Varas de Execuções Fiscais; e 2ª, 3ª e 6ª Varas Criminais.
O servidor Sérgio Rocha, da 10ª Vara de Execuções Fiscais, participa das paralisações desde 2009 e conta que percebeu uma nítida mudança na motivação da categoria. “A cada ano a esperança ia se esvaindo. Mas agora parece que a chama voltou a aquecer. A categoria precisa fazer piquetes e mais mobilizações. Agora é o momento de pressionar. A cúpula do Judiciário está se movimentando e o governo federal está acuado. Mas a gente tem que se mexer”, afirmou.
Justiça Federal Rio Branco paralisou atividades por 5 horas
A Justiça Federal Rio Branco iniciou sua paralisação às 12h. O presidente Valter Nogueira e a assessora política Vera Miranda passaram nos balcões convocando para a mobilização, que seguiu até às 17h. Interromperam o atendimento a 3ªVF, 7ªVF, 16ªVF, 19ªVF e 28ª VF. Amanhã, os servidores param novamente ao meio-dia e seguem para a assembleia-geral.
“Estamos há nove anos sem reajuste. São 120 mil famílias sendo atacadas”, falou o diretor Ricardo Azevedo, em frente ao prédio da Justiça Federal na Rua Almirante Barroso. O ato também contou com a presença do diretor Dulavim de Oliveira.
TRE tenta enfraquecer paralisação dos servidores
No Tribunal Regional Eleitoral, a direção encaminhou um memorando-circular exigindo que 60% dos servidores continuassem trabalhando. “Essa é uma tentativa de inviabilizar a mobilização, principalmente nas zonas eleitorais”, afirmou a diretora Fernanda Lauria. Mesmo assim, alguns servidores aderiram à paralisação em frente ao prédio da Avenida Presidente Wilson. Também participaram do ato, realizado às 14h, os diretores Valter Nogueira, Edson Mouta e Jovelina Gonçalves. Amanhã, os funcionários do TRE irão paralisar as atividades às 12h. Diretores do Sisejufe e do Tribunal se reuniram durante o ato e decidiram criar uma comissão para definir os serviços essenciais que não poderão ser interrompidos nos dias de mobilização.
Ao som de apitaço, servidores do TRT paralisam atividade por duas horas
Quem passou nesta terça-feira pela Rua do Lavradio 132, no Centro, teve a atenção chamada pela movimentação na porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Ao som de estrondoso apitaço, mais de 300 servidores participaram da paralisação de duas horas pela aprovação do PLC 28/2015. A manifestação contou com a participação efetiva de funcionários da Augusto Severo, Antônio Carlos e de outros setores do TRT do Rio.
Os trabalhos para a organização começaram com “arrastões” de convencimento pelos andares dos prédios da Lavradio e da Antônio Carlos. Grupos de servidores percorreram andar por andar e incentivavam a adesão à paralisação que durou de 12h às 14h. Funcionários de diversas varas trabalhistas atenderam à convocação, como o pessoal da 2ª, 3ª, 4ª, 9ª, 33ª, 54ª, 60ª e 70ª que marcou presença na manifestação. Informes foram passados sobre o quadro de outros locais que também aderiam à manifestação. A vara de Cabo Frio aderiu plenamente. “O pessoal do TRT acordou para a necessidade de mobilização na luta pelo PLC 28”, afirmou Davi Cordeiro, funcionário lotado no Setor de Arquivo do TRT.
Comandada pelos diretores do Sisejufe Ricardo Quiroga e Luis Amauri, a manifestação definiu como será a participação dos servidores do tribunal no segundo dia de paralisação nesta quarta-feira. O pessoal decidiu que vai paralisar as atividades de 12h às 17h. Será feita concentração entre 12h e 13h na Lavradio e na Augusto Severo para em seguida todos seguiram em passeata até a sede do tribunal na Antônio Carlos. Lá, vão se juntar aos servidores das demais Justiças. “A mobilização está crescendo e temos que mobilizar ainda mais. Cada um de nós pode fazer mais um pouco para fortalecer a nossa luta”, conclamou o diretor do Sisejufe Luis Amauri.
O objetivo é participar da assembleia-geral da categoria que definirá se haverá greve no estado a partir do dia 10 de junho. “A assembleia será decisiva para garantirmos a nossa reposição. Temos que participar em massa da assembleia para medirmos o quanto estamos organizados para uma possível greve”, afirmou Ricardo Quiroga.
Servidores do TRF também fazem arrastões para convencer colegas a aderirem à paralisação
Acompanhados de alguns voluntários, diretores do Sisejufe percorreram hoje todos os andares do Tribunal Regional Federal (TRF2) das ruas Dom Gerardo e Acre convocando os colegas para a paralisação na porta do TRF Acre, que reuniu 135 servidores, de 13h às 14 h desta terça-feira. O grupo aprovou a proposta de se reunir novamente amanhã (3/6), às 13 horas no mesmo local para seguir em caminhada até o TRT Antonio Carlos, onde acontecerá a assembleia-geral. “Acredito no conjunto da categoria. O Rio de Janeiro está mobilizado. Vamos construir nossa greve. Vocês têm que dizer que querem parar”, declarou o diretor do sindicato Ronaldo Almeida as Virgens aos servidores do TRF.
As demais fotos serão publicadas aqui no site em um álbum especial que estamos preparando. Mande seus registros da paralisação para o email imprensa@sisejufe.org.br