Desde 2017, devido ao aumento da violência em Angra dos Reis, o Sisejufe vem buscando a transferência da Subseção Judiciária da Justiça Federal naquele município, junto à direção da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ) e ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Devido à localização do prédio, os servidores ficam expostos a tiros e balas perdidas das facções criminosas que disputam o controle do tráfico na região.
Na quinta-feira, 8 de novembro, o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, esteve novamente em Angra dos Reis para conversar com os servidores e com o juiz-diretor da Subseção, Rodrigo Gaspar de Mello, e constatou que a violência avançou, assim como aumentou a apreensão dos servidores , e que não terá solução até o fim deste ano.
Em outra ocasiões, o sindicato já havia verificado que não era um caso de fácil solução, pois a cidade não dispões de imóveis desocupados públicos ou privados que atendam às necessidades da Justiça.
Uma das alternativas trabalhadas pela Administração era a mudança para um espaço no novo prédio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), em Angra dos Reis. A proposta ainda não se efetivou, mas continua sendo a principal aposta do presidente do TRF2, desembargador André Fontes, e do diretor da SJRJ, juiz federal Osair Victor de Oliveira Junior, que acreditam que esta solução se dará no começo do próximo ano após a posse do novo presidente do TJRJ.
Caso não se viabilize, a alternativa será buscar um imóvel para alugar. Uma opção será a mudança para um prédio que está sendo reformado, onde já funcionou os Juizados Especiais Estaduais.
Violência preocupa servidores
A situação é agravada, na medida em que a sede da Subseção Judiciária, localizada na rua Coronel Carvalho, Centro, Angra dos Reis, fica em frente ao complexo de favelas do morro da Caixa D’Água, que se limita aos morros do Bulê, à esquerda, e ao da Glória, à direita, local para o qual migrou no passado recente parte do crime organizado de favelas da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com informações, a atuação de traficantes de drogas e episódios frequentes de confrontos entre facções criminosas e a polícia vêm dificultando o trabalho e submetendo a risco as pessoas que trabalham no local, advogados e partes.
Fonte: Imprensa Sisejufe