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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Rio de Janeiro recebe o 2º Encontro Nacional LGBT+ da Fenajufe; no Encontro, foi aprovada criação do Coletivo Nacional LGBT

Sisejufe foi o anfitrião do encontro, que aconteceu no sábado, dia 23/11, no Senge (Sindicato dos Engenheiros do RJ); no domingo, 24/11, a programação foi na 29ª Parada LGBTQIA+ do Rio

No último fim de semana, dias 23 e 24/11, o Sisejufe e a paisagem linda da Cidade Maravilhosa foram os anfitriões do Encontro Nacional LGBTQIA+ do PJU e MPU, realizado pela Fenajufe e que esse ano aconteceu no Rio de Janeiro.

No sábado (23/11), as atividades aconteceram no auditório do Sindicato dos Engenheiros/RJ (SengeRJ).

Por volta das 10h, teve início a mesa de abertura do evento, que contou com a participação de Lucena Pacheco Martins, presidente do Sisejfue e coordenadora-geral da Fenajufe; Ricardo Valverde, coordenador do Coletivo LGBT+ do Sisejufe; Denise Carneiro, coordenadora da Fenajufe; Fabiano dos Santos e Jaílson Lage, coordenadores da Federação.

Lucena deu as boas-vindas a todos os presentes e reforçou, em sua fala, a importância de se criar o Coletivo LGBT da Fenajufe.

Ricardo comentou sobre a felicidade que era sediar no Rio esse Encontro tão importante: “Ano passado estivemos em Brasília e, agora, o Rio e o Sisejfue recebem o Encontro LGBT da Fenajufe. É uma alegria, ainda mais perceber que esse ano já somos bem mais do que no ano passado. Que bom.”

Denise salientou a necessidade do enfrentamento não apenas em relação às questões LGBT como também nas demais pautas que sofrem ataques da sociedade como o racismo, PCDs, aposentados, mulheres etc. Segundo Denise, “a ausência do enfrentamento reforça o cenário de apoio às opressões em nosso país.”

Fabiano e Jaílson falaram sobre a importância de o debate LGBT estar sempre atrelado às questões pertinentes, também, à classe trabalhadora como um todo e a necessidade de combater a violência que atinge tão fortemente a população LGBT.

 

Quando ousamos existir

Logo após a mesa de abertura, um momento emocionante: foi exibido o documentário “Quando ousamos existir -uma história do Movimento LGBT brasileiro”, de Cláudio Nascimento e Márcio Caetano.

Com duração de 90 minutos, o documentário mostra a intensa luta político-cultural pela afirmação LGBT, na década de 1970, até as primeiras ações de promoção da cidadania nos anos 80. Após a exibição do documentário, Júlio Moreira, um dos coordenadores do Grupo Arco-Íris, que organiza a

29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio, falou sobre o documentário, sobre a importância da existência, resistência e da luta LGBT. Ele agradeceu o convite e a parceria do Sisejufe e convidou todas, todos e todes a participarem, no domingo, dia 24, da 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio, que aconteceu na Orla de Copacabana: “A gente quer ter uma reverberação para o mundo, a gente quer levar a nossa mensagem para o mundo. Então, é uma Parada de resistência, sempre. E para isso, claro, a gente conta com parceiros, como vocês. Dialogar é sempre importante. E dialogar com as diferenças, mais ainda. Nada foi em vão. Já avançamos muito e vamos continuar avançando, resistindo, lutando, vivendo. Somos arco-íris. Somos coloridos, somos diversos e é a diversidade que nos une e nos fortalece”, disse Júlio.

Em seguida, os participantes fizeram uma roda de vivência e debate sobre a temática LGBT. Foi um momento de relatos, vivências, dores, amores, reafirmação da luta e, acima de tudo, um momento de esperança num mundo melhor, mais respeitoso a todas, todos e todes.

Além do Sisejufe e da Fenajfue, havia, também, representantes de diversos outros sindicatos de base, que vieram ao Rio especialmente para o Encontro Nacional. Entre eles: Sintrajufe/RS; Sintrajud/SP; Sinje/CE; Sindiquinze/SP; Sintrajufe/CE; Sindissétima/CE; Sindjufe/BA; Sintrajurn/RN; Sinjuspar/PR; e Sintrajusc/SC.

 

Parte da tarde

Após a pausa para o almoço, o Encontro foi retomado com a mesa “Avanços e desafios na luta LGBTI+ das servidoras e servidores do PJU e MPU”.

Fernanda Lauria, diretora do Sisejufe e coordenadora da Fenajufe; Anny Figueiredo, diretora do Sisejufe e coordenadora da Secretaria de Mulheres do sindicato; Marcus Rógenes, do Sindissétima/CE; Filipe Gioielli Mafalda, do TRT 2ª Região; e Luciana Krumenauer, do Sintrajufe/RS compuseram a mesa que trouxe números, dados e reflexões sobre a realidade dos servidores e das servidoras LGBT do Judiciário Federal.

Filipe salientou a importância de se pensar de forma interseccional e analisar os dados de cada tribunal tendo em mente que ali não estão puramente números e sim pessoas, histórias, vivências. “Sem dados, não existe política pública. A luta LGBT é uma pauta fundamental. Precisamos estar atentos a isso e seguir em frente fortalecidos, embasados com informações, números, dados sobre a nossa realidade. Estou até emocionado de estar aqui, hoje, participando desse encontro e ouvindo histórias tão profundas e importantes”.

 

Criação do Coletivo LGBTQIA+ da Fenajufe

Após a explanação de cada integrante da mesa, o microfone foi aberto ao público (presencial e virtual) para perguntas e considerações.

Já quase finalizando o dia de debates, o ponto alto do 2º Encontro Nacional da Fenajufe de LGBT+ do PJU e do MPU: foi criado o Coletivo LGBTQIA+ da Fenajufe.

A medida é importante porque vai ajudar a fomentar a criação de Núcleos e Coletivos nos sindicatos de base que ainda não têm seus coletivos LGBTQIA+ organizados.

Ao fim dos debates, foram aprovadas as propostas que serão avaliadas pela diretoria executiva para deliberações posteriores.

 

Veja as propostas aprovadas no 2º Encontro LGBT+ da Fenajufe

1. Que a FENAJUFE siga realizando encontros anuais LGBTQIAPN+ estimulando a consciência política dessa população para a importância de atuarem e se engajarem, ao
menos, na categoria e espaços sindicais;
2. Que faça o enfrentamento aos “pacotes antipovo” (arcabouço fiscal, cortes orçamentários), e à reforma administrativa, compreendendo que os setores mais oprimidos (LGBTQIAPN+, mulheres, negras e negros e PCDs e todos os demais) são os que mais sofrem com o resultado desses cortes e reformas que só fortalecem a extrema direita;
3. Que oriente os sindicatos a criarem setores de base (coletivos, núcleos etc) que estudem esse tema, compartilhe esses conteúdos, e que realizem atividades em conjunto com os demais núcleos que debatam temas relativos a Opressões (mulheres, negros e negras, PCDs e demais);
4. Que ajude, inclusive financeiramente, aos movimentos na sociedade referentes a essa pauta e oriente os sindicatos a fazê-lo;
5. Que promova ou colabore para maior visibilidade de lideranças LGBTQIAPN+, e oriente os sindicatos a fazerem o mesmo preferencialmente via seus coletivos temáticos onde
houver;
6. Que ajude a cobrar políticas públicas aos governos, relativas a essa população;
7. Que ajude a combater práticas preconceituosas na nossa categoria;
8. Que estimule à participação e apoio às caminhadas realizadas no País;
9. Que acompanhe julgamentos no Judiciário, especialmente os de repercussão ampla,
relacionados com pautas de opressões, incidindo para que não ocorram retrocessos;
10. Que estimule os(as) colegas a responderem aos censos, informando identidade de gênero/orientação sexual para obtermos registro dessa população no Judiciário e MPU;
11. Que haja Mesa sobre o tema LGBTQIAPN+ em perspectiva classista, na programação do Congresso da Federação, 2025, que não concorra com outras atividades;
12. Visibilizar a importância de tornar os estatutos da Fenajufe e dos sindicatos inclusivos normativamente para pessoas LGBTQIAPN+, conforme proposta apresentada em 2022;
13. Instituir a Criação do Coletivo Nacional da Fenajufe de LGBTQIAPN+ do PJU e MPU;
14. Realizar encontros de articulação e orientação de metodologia e padrão de atuação dos sindicatos e de representantes sindicais nos comitês e comissões dos órgãos;
15. Diligenciar o apoio da federação e dos sindicatos às PECs e outras iniciativas que permitam o acúmulo legal de qualquer cargo público com outro de docente;
16. Que o Coletivo LGBTQIAPN+ da Fenajufe oriente os sindicatos a realizarem pesquisa para levantamento de dados sobre identidade de gênero e orientação sexual.

 

Programação do domingo: participar da 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio

No domingo, 24/11, aconteceu o segundo dia do Encontro Nacional da Fenajufe de Lgbt+ do PJU e do MPU.

Neste dia, a atividade do Encontro foi a participação na 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio.

Ainda de manhã, representantes do Sisejufe e da Fenajufe estiveram na coletiva de imprensa da 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio, que aconteceu no Grand Mercure Hotel, em Copacabana.

De lá, o grupo se reuniu na Orla de Copacabana, onde já acontecia a concentração para Parada.

Ainda na coletiva, parlamentares e representantes de movimentos sociais e da sociedade civil falaram sobre a importância de a Parada do Orgulho LGBTI + do Rio, mais uma vez, resistir, existir, acontecer, mesmo em meio a tantas dificuldades, como as que enfrentaram esse ano.

Gab Van, coordenador da Liga Transmasculina, e parceiro do Sisejufe em várias pautas transversais de nosso sindicato, afirmou: “São 29 anos que estamos nas ruas, na luta de resistência, defendendo nosso direito de existir sem medo e com respeito. Conseguir articular com os movimentos que se organizem e estar, sim, nas ruas é um ato de resistência. A população LGBT nunca saiu das ruas. O que nos traz hoje, aqui, não é só para celebrar, mas para a gente reivindicar acesso a direitos para todas as pessoas, sempre”.

A vereadora Tainá de Paula também falou ao Sisejufe sobre a importância da data e da existência da Parada do Orgulho LGBTI do Rio: “A gente tem um momento de reconstrução das políticas afirmativas para a população LGBTQIA+. O novo governo está construindo uma política não só de enfrentamento ao bolsonarismo, mas principalmente um espaço de denúncia das violências e negações que a população LGBTQIA+ ainda sofre.”

Fala potente

Logo após a Parada iniciar, um momento especial, que vai ficar registrado na memória de quem participou da 29ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio de Janeiro: a fala potente e cheia de emoção que o colega do Judiciário Federal de Campinas/SP fez no carro de som, para um público de milhares de pessoas, na Orla de Copacabana, durante a Parada do Rio. Joaquim Castrillon veio para o 2º Encontro Nacional LGBT da Fenajufe, que aconteceu esse fim de semana, no Rio, e teve o Sisejufe como sindicato anfitrião.

Ouça AQUI a fala de Joaquim.

A 29ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio de Janeiro seguiu até à noite e contou com a presença dos participantes do 2º ENCONTRO NACIONAL DA FENAJUFE DE LGBT do PJU e do MP.

 

 

 

 

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