Servidores com bandeiras, faixas e cartazes tomaram a frente do Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (27/4) para mostrar, de maneira bem clara, que a categoria do Judiciário Federal não aceita a promessa pífia do governo Bolsonaro, que sequer saiu do papel, de reajuste de 5% ao conjunto do funcionalismo. O índice é insuficiente para repor as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos três anos, que já ultrapassam 19,99%.
A delegação do Sisejufe que desembarcou em Brasília para participar do 11º Congrejufe, fez uma parada no STF para participar da atividade, que foi definida como pré-congressual. Foi um momento emocionante de união da base.
“Nós servidores do PJU e MPU seguimos na luta pela recomposição salarial junto com todas as demais categorias, mas é importante essa pressão aqui porque é responsabilidade do presidente do STF encaminhar a proposta de recomposição salarial de seus servidores. Além de uma manifestação de luta, foi também um momento de encontro, de abraçar companheiras e companheiros de luta, após dois anos de restrições em razão da pandemia. Foi sim emocionante e saímos fortalecidas e fortalecidos daqui”, afirmou a presidenta do Sisejufe, Eunice Barbosa.
Reunião com diretor-geral
Enquanto a categoria protestava do lado de fora, seis coordenadores da Fenajufe se reuniam com o diretor-geral do Supremo, Edmundo Veras dos Santos Filho para saber como andam os estudos para o reajuste salarial do Judiciário Federal. A coordenadora da Federação e diretora do Sisejufe, Lucena Pacheco participou do encontro. De acordo com a dirigente, Edmundo colocou que há duas minutas de projetos de lei para encaminhar ao Congresso, mas em nenhuma das duas foi definido um índice de reajuste.
“Ele disse que há algumas simulações, mas para chegar a um índice definitivo, precisa receber informações dos limites orçamentários dos sete órgãos do Poder Judiciário Federal a fim de avaliar se há disponibilidade para definir um índice de reajuste igual a todos os órgãos ou, ainda, de fazer uma redistribuição desses orçamentos, que pode ser no vencimento base ou na GAJ. Todos esses estudos ainda serão feitos. O caminho já esta traçado, mas vamos continuar pressionando para que o reajuste se concretize em 2022. Em paralelo, vamos pressionar os órgãos do PJU para que respondam a esse pedido de orçamento”, esclareceu.
Abaixo, momentos do Ato no STF: