Na terça-feira (17/10), em sua primeira sessão como presidente do CNJ, o ministro Luís Roberto Barroso revelou que, em reunião com representantes da Amazon, da Microsoft e do Google – as big techs – apresentou três encomendas, para atendimento pro bono: um programa para o resumo de processos; uma ferramenta semelhante ao ChatGPT, para uso estritamente jurídico; e uma interface única que permita o funcionamento em harmonia dos sistemas judiciais eletrônicos de todos os tribunais.
“Vamos fazer o possível para colaborar com os tribunais. A nossa ideia é de parceria, quero que a magistratura me tenha como um parceiro que está aqui para ajudar cada um de nós a servir, da melhor maneira possível, ao país”, destacou Barroso. “Somos servidores públicos, portanto a minha obsessão é melhorar a qualidade do serviço que prestamos à sociedade brasileira.”
O ministro também anunciou a disponibilidade de investimento de R$ 28 milhões para o aperfeiçoamento da tecnologia da informação. O montante tem origem em uma cessão orçamentária do TST ao CNJ. “Vamos investir toda a energia possível para ajudar na agilização da Justiça”, disse.
A decisão deve ser vista com cautela, uma vez que contratar sistemas processuais para serem desenvolvidos por empresas estrangeiras poderia deixar assuntos estratégicos do nosso Judiciário nas mãos dessas multinacionais.
Fonte: Migalhas (link: https://www.migalhas.com.br/quentes/395504/barroso-pede-a-big-techs-criacao-de-chatgpt-para-uso-juridico)