Também ficou acertado que as instituições terão reuniões mensais para debater demandas dos servidores
A diretoria do Sisejufe esteve com a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro para tratar das definições em torno do funcionamento mínimo na paralisação do dia 14 de junho. O sindicato propõe uma greve de ocupação, na qual os servidores vão para local de trabalho e atendem somente casos envolvendo perecimento de direito, tutela de urgência e prazo fatal.
O vice-presidente do sindicato, Lucas Costa, e os diretores Fernanda Lauria, Deise Azevedo e Ricardo Loureiro foram recebidos pelo presidente do TRE/RJ, desembargador Carlos Santos de Oliveira, acompanhado do diretor-geral, Bruno Cezar Andrade, e do juiz auxiliar da Presidência Rudi Baldi Leowenkron.
“A adoção desse formato é importante para dialogar com a sociedade e expor as razões para a deflagração da Greve Geral, um movimento nacional, de diversas categorias do setores público e privado contra a Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro. A ideia é mostrar um outro ponto de vista, diferente do que tem sido apresentado de forma isolada na mídia”, explicou o vice-presidente. O vice-presidente avalia que a Administração reconhece a legitimidade do movimento grevista e a importância da atuação do sindicato na defesa dos interesses da categoria.
A orientação é ir ao local de trabalho, registrando ponto biométrico e simultaneamente o ponto paralelo. O sindicato vai enviar um email aos servidores da Justiça Eleitoral com orientações específicas para o dia da Greve.
O sindicato ponderou com a Presidência a necessidade de preservar o jurisdicionado dos efeitos da paralisação, considerando a adesão de setores como do transporte público e educação, entre outras categorias, e sugeriu a suspensão dos prazos e do agendamento de eleitores para cadastramento biométrico no dia 14 de junho. A Administração informou que vai avaliar a questão dos prazos em data próxima à Greve e deve levar em consideração a proposta, caso o movimento atinja proporções que possam prejudicar o deslocamento das pessoas. Quanto à suspensão dos agendamentos, o assunto será levado à Corregedoria do Tribunal para definição.
Administração e Sisejufe terão mesa permanente de diálogo
Ficou acordada uma mesa permanente de diálogo entre a Administração e o Sisejufe para tratar das demandas dos servidores, com reuniões mensais, da qual devem participar os representantes dos servidores, a Diretoria-Geral e os responsáveis pelos setores envolvidos nas questões a serem tratadas. “Ficou provado por meio das experiências do rezoneamento, quando a fomos ouvidos a cada etapa do processo, e do redimensionamento da força de trabalho, em que não foi dada a oportunidade do sindicato se manifestar adequadamente, que a atuação do sindicato é fundamental para levar em consideração o ponto de vista da categoria e evitar maiores prejuízos para os servidores e para o próprio tribunal, buscando minimizar os impactos e obter os melhores resultados possíveis”, afirmou Lucas.