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Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário reconhece Coletivo Negro da Justiça do RJ como “Boa Prática no eixo Equidade Racial”

Patricia Fernanda, diretora do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe, é a idealizadora do Coletivo e quem teve a iniciativa de inscrever o projeto no Portal

O Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário reconheceu o Coletivo Negro da Justiça do RJ como “Boa Prática no eixo Equidade Racial”.

Em sua inscrição no Portal, o Coletivo se autodefine como “um verdadeiro quilombo contemporâneo, já que concretiza a ideia de um território (de local e população negra) de resistência, de forma organizada, com objetivo de propiciar acolhimento, reconstrução e articular igualdade e reparação histórica”, diz um trecho do texto.

Entre os parceiros atuantes, o Coletivo destaca: o Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero da Seção Judiciária do Rio de Janeiro e o Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe.

Patricia Fernanda, diretora do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe, é a idealizadora do Coletivo e quem teve a iniciativa de inscrever, esse ano, o projeto no Portal. Ela fala da relevância de todos os integrantes do Coletivo e afirma que esse reconhecimento alcançado é importante e muito bem-vindo: “Quando o Coletivo iniciou, há uns três anos, mais ou menos, eu queria que o grupo fosse conhecido como sendo essa comunidade negra do Judiciário. Um grupo que existe, resiste e atua, sabe? Tem vez, voz e relevância. Então, essa aprovação como boa prática no Portal CNJ mostra que a gente está no caminho certo, não só agora de ser reconhecido, mas de ter várias atividades validadas como relevantes dentro do que o próprio CNJ estabeleceu como prática do que seria importante. Enfim, é, sim, uma alegria, uma inspiração, um reconhecimento que valida nosso trabalho, nossa existência e nossa importância. Estamos todos muito felizes e vamos seguir atuando, como fazemos e gostamos de fazer em nosso Coletivo. Gostaria de ressaltar, também, a importância dos colegas e amigos pretos e pretas que seguem comigo no Coletivo. Eles confiaram no projeto e seguem acreditando, lutando e chamando mais amigos negros da Justiça para se juntarem à gente nessa caminhada de vida e de luta, sempre”.

A luta antirracista que começou a desenvolver no Coletivo Negro da Justiça do RJ fez com que Patricia despertasse para o interesse de ter, também, uma atuação sindical, complementando assim sua militância. Foi então amadurecendo a Patricia mulher, negra, servidora, militante, sindicalista que floresceu dentro dela: “Minha entrada para o sindicato foi muito por conta desse meu ativismo antirracista. Foi a partir daí que comecei a olhar para a luta do trabalhador, também. Acho que fiz um movimento meio que inverso do que a maioria, de repente, dos meus colegas dirigentes classe, né. Começo a olhar primeiro para a militância antirracista, para depois olhar a luta de classes que, para mim, está muito embrenhada uma na outra, claro”, pondera nossa diretora.

O Sisejufe parabeniza Patricia Fernanda e todos os integrantes do Coletivo Negro da Justiça do RJ pela existência e, claro, pelo reconhecimento alcançado no Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário.

Vocês são inspiradoras/inspiradores!

O Portal

O Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário é uma plataforma que visa receber, avaliar, divulgar e compartilhar as iniciativas exitosas adotadas por conselhos e tribunais do sistema judiciário.

A plataforma, que conta com um acervo de mais de cem ações, destaca-se como um ponto de referência no registro de projetos passíveis de reprodução por todo o sistema judiciário. A ferramenta proporciona um espaço virtual tanto para submissão e quanto para a disseminação das práticas.

As propostas podem ser apresentadas por magistrados e magistradas, servidores e servidoras do Poder Judiciário que tenham cadastro no Sistema Corporativo do CNJ.

As práticas são avaliadas de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria CNJ n. 140/2019. A inclusão no Portal demanda aprovação do Plenário do Conselho, como reconhecimento das ações implementadas pelos órgãos judiciais.

 

 

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