O Sisejufe esteve presente no pleno do TRT1, nesta manhã (5/12), para acompanhar o julgamento do relatório da comissão de sindicância envolvendo o desembargador Roberto Norris. Ele é acusado de ter uma gestão calcada no assédio moral. O julgamento, no entanto, foi retirado de pauta por falta de quórum. Participaram da sessão 32 desembargadores, quando o quórum mínimo era de 34.
A votação deve voltar à pauta do pleno somente em janeiro de 2025, já que essa foi a última sessão do ano.
“Infelizmente nós esperávamos que houvesse um desenlace hoje, mas não houve quórum. Aparentemente, prevaleceu o corporativismo. Nós vamos continuar atentos ao desenrolar desse processo. O sindicato sempre se pautou pelo combate ao assédio moral, mas não pode ser só um combate para baixo, só em relação aos servidores. Tem que ser uma atuação que atinja também os magistrados porque sabemos como isso tem sido um problema estrutural nos tribunais, especialmente no TRT1”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Ricardo Quiroga, que acompanhou a sessão juntamente com a diretora Raquel Albano, a representante de base Rosana Mattos e a ex-diretora Andrea Capellão.
A Ordem dos Advogados do Brasil, seção RJ, também esteve presente, representada por Aline Perdigão, que é membro da comissão de assédio moral no trabalho na OAB/RJ.
“A Comissão de Combate ao Assédio Moral no Trabalho vai acompanhar de perto o processo e todos os casos relacionados ao assédio devido à importância do tema, que deve ser fiscalizado”, enfatizou a advogada.
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Após denúncias de servidores em relação à conduta do desembargador Roberto Norris, o departamento de saúde do Tribunal solicitou investigação e a Presidência instaurou Comissão de Sindicância formada por três desembargadores. Foram ouvidas testemunhas, entre servidores e ex-servidores da unidade, além de analisados documentos, e a Comissão concluiu que Norris adota, ao menos desde 2013, método de gestão calcado no assédio moral. Alguns servidores precisaram de afastamento para tratamento médico, além de várias substituições, provocando movimentação atípica de pessoal por anos.