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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Passeata dos Mais de 100 mil: o retorno às ruas

Estudantes e trabalhadores se inscrevem na História e retomam as ruas com a força digna de brasileiros

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A imensa manifestação do dia 17 de junho levou mais de 100 mil as ruas do Centro do Rio de Janeiro e espalhou por 11 capitais no país, pegou de surpresa a mídia, os governantes e boa parte da população brasileira.

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O movimento que começou contra o aumento das passagens de ônibus em algumas capitais, transformou-se em eco para as diversas insatisfações da população em geral, com as mais diversas pautas, dos mais diferentes segmentos. Um movimento de articulação difusa que, apesar da participação de segmentos organizados, trouxe em sua maioria participantes que aderiram de forma espontânea a grande chamada nas redes sociais.

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“Mais Saúde, Educação e Segurança” foram pautas tanto reivindicadas quanto “Qualidade no sistema de transportes públicos”; “Políticas de sustentabilidade e respeito ao Meio Ambiente”, que dividiam espaço com palavras de ordem tais como “Pelo fim da corrupção” e “Contra PEC 37”, que veda o direito de investigação pelo Ministério Público. A “Garantia do direito de ir e vir” e de “Livre manifestação” também constavam nos cartazes carregados por estudantes, trabalhadores e populares.

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O Movimento Passe Livre (MPL – contra o aumento das passagens em todo o país), tornou-se gigante após a repressão da polícia aos manifestantes em diversos estados, em atos que questionavam, também, os investimentos realizados pelos governos para a Copa do Mundo a ser realizada no Brasil, em 2014.

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O despreparo e violência policial desmedida das polícias, somados a omissão e a falta de diálogo por parte de governos, e o uso da rede social como espaço organizativo e disseminador, foi o fermento que fez crescer não somente na cidade do Rio, como em todo país, o movimento, como não acontecia desde as “Diretas Já”.

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Uma faixa dizendo “Somos a Rede Social” abriu a passeata e, com ela, vinham manifestantes que reivindicavam um movimento sem vinculação partidária e que gritavam a palavra de ordem “Sem partido, sem político”. No entanto, a grande marcha também abrangeu militantes de diversos partidos políticos, centrais sindicais, movimentos estudantis e diversos setores organizados da sociedade.DSC04401

O maior ato realizado até então, o do Rio de Janeiro em quantidade de pessoas e articulação territorial traz um alerta às instituições e governantes que comandam os rumos do país. A insatisfação direcionada aos mandatários dos executivos municipal, estadual e federal também abrangeu outros institutos como o Legislativo, o Judiciário e a parcialidade da mídia. A diminuição das desigualdades é mais do que um desejo, é uma exigência da ampla maioria dos que marcharam, ainda que setores conservadores, também presentes na marcha, buscassem cooptar o movimento para suas próprias pautas.

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Através das redes sociais a mobilização tomou contou de várias capitais no Brasil. Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador fizeram marchas que chamaram a atenção da sociedade e da imprensa nacional e internacional. Na pauta, não mais os R$ 0,20 centavos majorados nas passagens, mas a dignidade, o respeito, a saúde, a educação, a democracia, além da busca em mostrar demonstrar para todo o mundo que os brasileiros não pensam apenas em futebol e Carnaval.

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Os dirigentes do Sisejufe estiveram presentes na manifestação e relataram a grandeza do movimento. “Desde as ‘Diretas Já’ não vimos uma adesão tão intensa da população a uma atividade de protesto. Os governantes precisam entender e dar respostas ao movimento que está nas ruas, sob pena de perderem o bonde da História”, reflete Valter Nogueira, presidente da entidade.

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