O Grupo de Trabalho de Mulheres Negras da Ordem dos Advogados do Brasil – RJ promoveu, nessa terça-feira (8/5), a palestra Autocuidado e saúde da mulher negra, que tratou do impacto do racismo na saúde mental e física. A diretora do Sisejufe Neli Rosa acompanhou a atividade, que aconteceu no Salão Nobre Antonio Modesto da Silveira, como parte das comemorações pelo Dia das Mães.
A proposta foi apresentar a perspectiva prática de profissionais de saúde sobre as questões enfrentadas por mulheres negras, trazendo informações sobre redes de apoio e a importância do autocuidado. Foram abordados os temas: saúde mental e terapias alternativas, por Aline Maia, do Coletivo Psicointegra; parto humanizado e violência obstétrica, pela enfermeira obstetra Driele Rodrigues, do Coletivo Sankofa; e endometriose, pela médica obstetra Berenice Aguiar. A vice-presidente da OAB Mulher, Bianca Reis, apresentou a mesa, e a coordenadora do GT, Marina Marçal, foi a mediadora do debate.
A coordenadora falou sobre a dificuldade de realizar o evento “em um ano tão pesado”. “Em janeiro e fevereiro, gravamos o documentário Nega maluca não, com 18 mulheres negras, algumas advogadas, comentando porque essa figura nos adoece, atinge nossa autoestima. Tivemos que fazer da nossa dor um ato pedagógico. Esse ano temos ainda 30 anos da Constituição Federal, os 130 anos da Abolição da Escravatura, ainda que de modo formal, aniversário da Revolta da Sabinada. Ainda não completamos um ano, e perdemos recentemente Marielle e Anderson. Não vamos desistir de buscar respostas, mas enquanto isso, precisamos nos cuidar.”
Com informações da Tribuna do Advogado