“Tomamos medidas drásticas para economizar , sem atropelar a vida das pessoas”. A frase foi dita pelo diretor do Foro da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, Osair Victor de Oliveira Junior, na primeira reunião de 2020 da mesa permanente de negociação com a diretoria do Sisejufe, na noite de quarta-feira (29). Osair se referia ao esforço que foi feito pela administração para se adequar aos cortes no orçamento desse ano, exigidos pela EC 95 (Emenda do Teto de Gastos). O diretor do foro disse ainda que a Justiça Federal sempre trabalhou com sobra de recursos, mas com orçamento apertado, todos terão de se adequar. “Agora que não temos muito dinheiro, temos que mudar a cultura”, acrescentou.
Uma das medidas que já entraram em vigor na volta do recesso é a restrição do horário de circulação nos prédios da Justiça Federal, das 11h às 19h, a fim de economizar energia elétrica. O diretor do foro informou, no entanto, que terá de implementar mais algumas ações de contenção. Ele estuda por exemplo, criar estações de trabalho colaborativas para disponibilizar aos servidores que precisam trabalhar fora do horário de funcionamento dos prédios da JF. A ideia é iniciar com um projeto-piloto na JF Rio Branco (no antigo Protocolo) e na JF Venezuela (perto das salas de perícia).
A diretora-geral da SJRJ, Luciene da Cunha Dau Miguel, pediu apoio do Sisejufe em uma campanha de conscientização que está sendo concebida para envolver os servidores no esforço de economizar gastos.
Teletrabalho
Outro ponto da pauta foi o Teletrabalho. O Sisejufe e a SJRJ planejam uma discussão aprofundada sobre o tema. Luciene Dau Miguel sugeriu que o formato atual seja revisto. Ela citou como exemplo a necessidade de otimização dos espaços, já que os servidores em teletrabalho permanecem com suas mesas fixas, apesar de trabalharem a maior parte do tempo de casa.
A assessora política do Sisejufe, Vera Miranda, ressaltou que, além do teletrabalho, a diretoria do sindicato quer retomar as discussões normativas em relação às pautas da saúde.
Angra dos Reis
O diretor do foro informou que o presidente do TRF2, Reis Fried, se reuniu com representantes da OAB-RJ para solicitar apoio a fim de conseguir um local onde o Posto Avançado de Angra dos Reis possa ser instalado, seja em um prédio ou terreno que possa abrigar o caminhão itinerante. Segundo Osair Victor, o diretor do Departamento de Apoio às Subseções da OAB-RJ, Fábio Nogueira, se prontificou a fazer a interlocução com o poder Executivo municipal. “O ideal é que a prefeitura possa arcar com parte dos custos. O importante é não ter despesa. O presidente do TRF2 ressaltou também o caráter provisório para essa situação”, destacou Osair.
Participaram ainda da reunião da mesa permanente o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves; as diretoras Eunice Barbosa e Lucena Pacheco, que é também coordenadora da Fenajufe; a diretora da SGP, Luciane Almada e os servidores Gabriel Dobbin e Kelly Dias.