Ministro da Fazenda se reuniu com presidente do STF, Ricardo Lewandowski.
Ele disse que reajuste para ministros da Corte ainda é discutido por Temer
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7) que está garantido o aumento salarial para diversas categorias do funcionalismo aprovado na Câmara, na semana passada, cujo impacto é estimado em R$ 52,9 bilhões em três anos (2016, 2017 e 2018).
“O que foi aprovado em termos finais sim, na Câmara”, afirmou Meirelles a jornalistas após se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em Brasília.
Meirelles disse, porém, que o presidente em exercício, Michel Temer, ainda discute o aumento proposto para os ministros da Corte, que elevaria os salários dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
“Esse assunto está sendo tratado pelo presidente Temer e vamos no devido tempo termos maiores detalhes sobre isso”, disse, na saída do STF.
Visita de cortesia
O ministro disse ter ido ao STF para uma visita de cortesia a Lewandowski e apresentação de sua equipe na Fazenda. Ele negou que tivesse tratado do aumento salarial com o ministro.
“Basicamente conversávamos um pouco sobre a situação fiscal do país. Estava explicando a ele essa nova meta para o déficit de 2016 de R$ 170,5 bilhões, conversando um pouco sobre a proposta de limitação, colocação de teto no aumento das despesas públicas para os próximos anos, limitado à inflação de cada ano”, narrou.
Meirelles se refere ao pacote de medidas econômicas anunciado por temer e que prevê, entre outras mediddas, a criação de um teto para o aumento de gastos públicos.
Ele disse que a limitação de despesas públicas é importante para aumentar a confiança no país e na economia, de modo a voltar a crescer e gerar empregos.
“Aumenta a arrecadação e todo o processo entra num círculo virtuoso”.
Dívida dos estados
Questionado sobre a negociação da dívida dos estados com a União, informou que vai se reunir na próxima quinta com sua equipe e depois com os governadores, antes da apresentação de uma proposta final do governo.
“Não só equacionando a questão atual, mas também visando evitar que existam problemas futuros iguais a este. Eliminar a recorrência desse tipo de situação”, explicou.
O objetivo, disse, é olhar “não só o interesse dos estados, mas também o interesse do país”.
Meirelles também disse que uma nova crise política – em razão dos pedidos de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – não afetaria a economia se as medidas propostas pela equipe econômica forem aprovadas.
“Nós vamos prosseguir o nosso trabalho normalmente. E acredito que, se as medidas forem aprovadas no devido tempo, e acreditamos que será pelo Congresso, certamente o Brasil vai voltar a crescer dentro do potencial que ele merece e que tem para crescer e voltar a criar emprego. A crise econômica foi gerada pela questão fiscal e será resolvida pela questão fiscal”, finalizou.
Fonte: G1