Tais Faccioli*
Um grupo de intelectuais, lideranças de movimentos sindicais e sociais e trabalhadores de várias categorias se reuniram na última terça-feira, dia 24 de fevereiro, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio, em defesa da Petrobras, empresa estatal que é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. O Ato, convocado pela CUT e pela Frente Única dos Petroleiros (FUP), contou com a presença de cerca de 500 pessoas.
O evento teve a participação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, do escritor Eric Nepomuceno, dos jornalistas Hildegard Angel e Luis Nassif, do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, do físico Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ), dos cineastas Lucy e Luiz Carlos Barreto, do líder do MST, João Pedro Stédile, do presidente da CUT, Vagner Freitas e do coordenador da FUP, José Maria Rangel, entre outros.
José Maria Rangel (FUP) pediu que os trabalhadores da Petrobras voltem a ter orgulho de ser petroleiros. “Nós não temos que ter vergonha de trabalhar em uma empresa que investe em nosso país mais de R$ 300 milhões por dia, que gera milhares de empregos e que representa 13% do PIB nacional”, afirmou o dirigente nacional da categoria petroleira.
Os intelectuais presentes defenderam a punição dos culpados no caso Petrobras, mas criticaram a espetaculização das investigações. O jornalista Luis Nassif lembrou que “a Petrobras não é apenas o passaporte para a educação e outros investimentos. É a base para o desenvolvimento do país.”
O diretor da Coppe-UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, afirmou: “Punam-se os culpados, mas deixemos a Petrobras em paz”. Para João Pedro Stedille, um dos líderes do MST, o que está em jogo é o Pré-sal. “Quem ficará com a riqueza de petróleo e gás? A Petrobras é nossa. Vamos todos para as ruas no dia 13 de março”, afirmou, referindo-se ao próximo evento programado pelas centrais sindicais para defender a Petrobras.
Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a investigação das denúncias, mas ressaltou que os 80 mil funcionários da estatal não podem ser prejudicados. “Não se pode jogar a Petrobras fora por causa de meia dúzia de pessoas”, afirmou o ex-presidente da República.
Sisejufe participa do ato em defesa da Petrobras
Durante o evento, também houve o lançamento do Manifesto de Defesa da Petrobrás no qual, além da defesa da maior estatal brasileira, há o chamamento ao povo brasileiro para lutar em defesa de um de nossos maiores tesouros e patrimônio que é a Petrobras.
“A luta pela Petrobras está acima de qualquer questão ideológica ou partidária. Trata-se de uma questão de soberania. A maior riqueza brasileira chama-se Petrobras e por ela precisamos brigar. Que os envolvidos na sujeira da corrupção sejam efetivamente punidos com os rigores da lei e que a Petrobrás possa seguir seu caminho de glórias e riquezas em prol do povo brasileiro”, ressalta e afirma Ricardo de Azevedo Soares, diretor do Sisejufe que esteve presente, representado a entidade.
* Da Redação