A coordenadora do Departamento de Combate ao Racismo, Patricia Fernanda, participou, nesta terça-feira (5/11), do Seminário de Boas Práticas em Equidade Racial no Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sede do órgão, em Brasília. O evento promoveu a troca de experiências sobre iniciativas voltadas à equidade racial, implementadas em diferentes tribunais. Houve, ainda, a entrega do Prêmio Equidade Racial do Poder Judiciário, que reconhece as melhores práticas para a inclusão de pessoas negras no sistema judiciário.
A dirigente Patricia Fernanda possui uma boa prática inscrita e reconhecida no portal do CNJ (leia aqui) e, por esse motivo, foi convidada a palestrar no evento sobre a iniciativa. Patricia participou do painel 4 do seminário, com o tema “Criação de Coletivo de Servidores Negros”. A atividade foi uma das finalistas do prêmio do CNJ, mas não foi escolhida dessa vez. Nessa categoria, a prática “Equidade Racial do Poder Judiciário”, do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), conquistou o primeiro lugar. Já o “Curso de acesso afirmativo racial de acesso à carreira da magistratura”, da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul, ficou em segundo lugar. E, em terceiro lugar, venceu a iniciativa “Narrativas e Escutatórias do Caminhar das Mulheres Negras”, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
O presidente do CNJ e do STF, ministro Luis Roberto Barroso, esteve presente anunciando os vencedores. O ministro destacou a relevância das iniciativas inscritas pelos tribunais que representam ações concretas para a mudança cultural e o enfrentamento ao racismo. Barroso registrou que o prêmio teve um amplo engajamento dos tribunais do país, com “iniciativas criativas, sustentáveis e replicáveis, capazes de promover mudança real e criar uma cultura antirracista”.
“Foi tudo emocionante. Palestrar na cúpula do Poder Judiciário. E eu fiquei muito feliz com o retorno dos juízes e servidores do seminário após a apresentação, demonstrando interesse em saber mais sobre o Coletivo para replicar nos tribunais. Muitos pediram contato, outros só pediram para eu não parar de trabalhar. Isso é inestimável. Hoje o Coletivo fez história no CNJ”, comemorou a diretora do Sisejufe Patricia Fernanda.
De acordo com a supervisora do Programa de Equidade Racial do CNJ e juíza auxiliar da Presidência do órgão, Karen Luise Vilanova Batista de Souza, o evento marca um novo tempo em que a representatividade negra tem conquistado o seu espaço. “Talvez, há alguns anos, nós não teríamos sequer uma boa prática de equidade racial para mostrar, porque não se trazia a questão racial como uma centralidade para que a justiça fosse, de fato, promovida. Por isso, o evento de hoje nos mostra que estamos no caminho certo”, afirmou a magistrada.
Para o presidente do Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Equidade Racial (Fonaer), conselheiro João Paulo Shoucair, a premiação enalteceu ações que funcionam. “Essas práticas refletem o compromisso do Judiciário em enfrentar, discutir e aperfeiçoar o tratamento da questão racial”. Ele destacou ainda que “é muito duro ver o número pequeno de negros na magistratura”, mas que essas iniciativas podem ser uma semente para uma política racial nas promoções para os tribunais.
Nas fotos abaixo, aparecem com nossa diretora, no seminário, a desembargadora Ângela Maria Moraes Salazar; o juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, José Gomes de Araújo Filho; a juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro; a juíza Adriana Cruz; e a servidora Magali Dantas.
Imprensa Sisejufe, com informações do CNJ