Da Primeira República até a Era Vargas, as comunidades tradicionais de terreiro foram criminalizadas no país. No Rio de Janeiro, há registros de que mais de 200 objetos foram apreendidos. O documentário Nosso Sagrado mostra a coleção “Magia Negra” que se encontra até hoje no Museu da Polícia, a dificuldade de acesso ao acervo por religiosos, pesquisadores e a população em geral, bem como a luta para libertar os objetos sagrados que estão há 100 anos sob posse do Estado do Rio de Janeiro. O filme foi exibido durante o III Seminário sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos.
O evento, que teve apoio do Sisejufe, foi realizado no Centro Cultural Justiça Federal neste dia 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, num momento em que as religiões de matriz africana estão sendo atacadas e que a comunidade muçulmana é confundida com criminosos terroristas, fruto da desinformação, em diversos países do mundo. Participaram do evento o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, e a diretora Neli Rosa.
Na programação, a relação da religião com temas como Política, Democracia, Direito, Comunicação e Liberdade, além de uma programação cultural, fortalecendo o diálogo inter-religioso e com a sociedade civil.
O Seminário foi organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas(CEAP); Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR); Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHER/UFRJ); Coordenadoria de Experiências Religiosas Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerância Religiosa (ERARIR/LHER/UFRJ); Ministério Publico Federal (MPF); Centro Cultural Justiça Federal (CCJF); Quiprocó Filmes; Coletivo Maitê Ferreira e LUPA Carnaval.