Dados de 2 mil segurados da Previdência serão divulgados se o governo Temer votar proposta que retira direitos de trabalhadores
Hackers dizem que governo Temer faz “propaganda enganosa” quando diz que a reforma da Previdência combate privilégios
Desde segunda-feira, 11, o governo de Michel Temer acumulou mais um inimigo diante de sua empreitada para aprovar a antirreforma da Previdência. Hackers ameaçam vazar dados de dois mil segurados do INSS se o governo mantiver a agenda de desmonte das garantias do trabalhador. O grupo cibernético contesta a justificativa de que o sistema de aposentadorias registraria constantes déficits.
Os hackers enviaram um manifesto ao presidente assegurando a posse de dados do sistema CADPREV da Previdência. Afirmam que divulgarão o conteúdo na DeepWeb – espaço na Internet que não é indexado pelos mecanismos de busca padrão – caso a proposta de antirreforma seja levada à votação.
A estratégia do grupo cibernético representa uma nova forma de ativismo político que vem ganhando força no cenário internacional. O grupo busca repetir o sucesso do grupo WikiLeaks, organização que divulga na Internet informações comprometedoras que governantes resolvem esconder. Em abril de 2007, por exemplo, o WikiLeaks divulgou um vídeo que mostra o ataque de um helicóptero Apache norte-americano matando pelo menos 12 pessoas, dentre as quais dois jornalistas.
Apesar das ameaças, o presidente Michel Temer disse hoje, 12, em cerimônia de posse da diretoria da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) que o Brasil vive um “momento reformista”. Na contramão do discurso em defesa do trabalhador, Temer defendeu a necessidade de reprogramar o sistema previdenciário.
Fonte: Rede Brasil Atual
