No sétimo dia de Greve de Fome, grevistas voltam para Câmara dos Deputados em maior número
No dia em que a greve completa seu sétimo dia, os grevistas voltam em maior número para a Câmara dos Deputados em Brasília como forma de repúdio a antirreforma da Previdência que assombra os trabalhadores do campo e da cidade, e que poderá ser votada a qualquer momento. Além de Josi, Leila e Frei Sérgio do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Fábio Tinga do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD), somam-se à greve de fome Simoneide de Jesus do MPA, Rosangela Piovizani e Rosa Jobi do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Somando sete pessoas que já estão sem se alimentar esse tempo.
As recentes notícias da proposição do relator da antirreforma, Arthur Maia (PPS-BA), de retirar os trabalhadores rurais da proposta encaminhada para votação é mentirosa, assim como a não votação da antirreforma na Câmara do Deputados não desmobilizaram os trabalhadores e sim fortaleceu a resistência. Tanto que para o MPA a Greve de Fome significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira, explica Frei Sérgio Görgen que completa o sétimo dia em greve.
Reforçando a resistência e as ações contra a antirreforma da Previdência, as organizações que compõe a Frente Brasil Popular (FBP) estão chamando diversas ações a partir de hoje, 11 de dezembro, em todo país. “Convocamos todas as organizações do campo e da cidade para resistirem a reforma, também para somarem forças nas ações em todos os estados, para que possamos barrar a reforma da Previdência. É hora de tomarmos medidas de sacrifício, mas que serão necessárias para garantir os nossos direitos e em especial para nossas gerações futuras, temos que dar mais um passo para esmagar a reforma da Previdência em seu ninho golpista”, afirma Maria Kazé, da coordenação nacional do MPA.
Fonte: Comunicação MPA