Na edição do Contraponto nº 91, que começou a circular nessa quinta feira, dia 6/7, sob o título da matéria da página 8, saiu grafado, por um erro de editoração eletrônica, o seguinte: “Protesto marcado contra o ‘Fora, Temer’ foi violentamente atacado pela polícia. O texto, na verdade, deveria ter sido o que segue abaixo:
OCUPA BRASÍLIA – Protesto marcado contra as reformas da Previdência e Trabalhista e pelo “Fora, Temer” foi violentamente atacado pela polícia
Foram mais de 100.000 manifestantes que chegaram em caravanas de todos os cantos do Brasil, assim como a do Sisejufe, para o “Ocupa Brasília”. Vários diretores do sindicato e servidores participaram da marcha dos trabalhadores sobre a capital federal. O clima foi bastante tenso na capital da República e os relatos que chegavam eram de muita repressão policial e violência contra os manifestantes que estavam lutando pelos direitos de todos os trabalhadores, contra as reformas nefastas propostas pelo governo federal.
A manifestação foi liderada por movimentos sindicais e sociais que lutam pela derrubada das reformas Trabalhista e Previdenciária no Congresso e pela saída Michel Temer da Presidência da República, assim com a reivindicação de eleições diretas.
A situação ficou tão pesada que até mesmo estabelecer comunicação entre os que repostavam a manifestação na Esplanada dos Ministérios e a imprensa alternativa, como foi o caso do Sisejufe, foi muito difícil. A Internet era interrompida a cada instante, as operadoras de telefonia celular adotaram esse tipo de prática para impedir a denuncia do golpe em curso no Brasil e a tentativa de implantar, na marra, as reformas. Enquanto isso, a polícia promovia investidas contra a população e buscava, de todas as formas, dispersar a multidão que se manifestava. Helicópteros sobrevoam e, do alto, jogavam bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral. Muitas pessoas foram feridas e asfixiadas com o excesso de gás.
Estado de sítio
Tão grave quanto, foi a autorização de Michel Temer para a atuação das Forças Armadas, utilizando-se, em ato oficial, das Operações de Garantia da Lei e da Ordem que foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) um dia antes da manifestação. “Fica autorizado o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal, no período de 24 a 31 de maio de 2017”, informava o texto.
O Congresso Nacional esteve cercado por grades e por policiais militares e da Força Nacional. Houve bastante tumulto no local. No dia 23/5 a caravana Sisejufe resistiu em sair do plenário durante a leitura do relator da proposta de Reforma Trabalhista (PLC 38/2017) e durante a Audiência Pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
No Rio de Janeiro a situação também não foi diferente. Por todo o Centro da cidade ocorreram manifestações contra as medidas autoritárias do governo do Estado. Na Cinelândia, aconteceu um protesto popular contra as reformas, mesmo com a tropa de choque da Polícia militar promovendo o terror nas adjacências.