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Doença de Parkinson: projeto de pesquisa desenvolvido na Uerj busca voluntários até 75 anos que tenham Parkinson para participar de estudo experimental

Interessados têm até final de fevereiro para entrar em contato com o LabSau/Uerj; Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do sindicato destaca a importância do projeto

O Parkinson é uma condição neurológica que afeta o sistema motor do cérebro, causando tremedeiras pelo corpo, rigidez nas articulações, dores musculares, distúrbio do sono, lentidão de movimentos, ansiedade etc. Decorre de uma degeneração das células produtoras de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla a mobilidade das pessoas. Quanto maior a faixa etária, maior a sua incidência, embora haja, também, pessoas relativamente jovens já diagnosticadas com a doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 8 milhões de pessoas no mundo com Parkinson. Já no Brasil, a estimativa é de que pelo menos 200 mil pessoas sofram com a doença. O Parkinson é degenerativo e progressivo. Não tem cura, mas pode e deve ser tratado.

Os avanços científicos, claro, são sempre bem-vindos e necessários. Por isso, além do acompanhamento médico regular, é bom conversar com seu médico sobre os estudos recentes na área.

Na Uerj, por exemplo, o pesquisador Bruno Coutinho, ligado ao Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU), do Instituto de educação Física e Desporto, que faz mestrado com foco em doenças neurológicas, está desenvolvendo o projeto de pesquisa chamado “Comparação entre os efeitos crônicos do treinamento intervalado de alta intensidade em pacientes com a Doença de Parkinson e seus possíveis benefícios motores e não motores.”

De acordo com o texto da pesquisa, “o progresso da doença é usualmente atenuado por tratamento medicamentoso. Contudo, terapias alternativas têm se mostrado promissoras, dentre elas o exercício físico. Estudos têm apresentado bons resultados com aplicação de modalidades como treinamento aeróbio, resistido ou de flexibilidade, dança, ou yoga. Nesse contexto, o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido aventado como uma possibilidade, por se mostrar eficaz na manutenção de mediadores neurotróficos.”

Seleção para participar da pesquisa

Para a pesquisa, está sendo selecionado um grupo de pessoas, homens e mulheres, com idade até 75 anos, que já tenham Parkinson, mas que consigam se locomover sozinhos. Essas pessoas precisam estar com tratamento farmacológico em dia e apresentar atestado de liberação médica. Serão excluídos indivíduos com doenças cardíacas, doenças crônicas não controladas.

O grupo selecionado fará, durante 16 semanas, treinamento específico, com 3 sessões por semana, totalizando 48. Ao final, os participantes serão reavaliados.

Segundo Bruno, o objetivo do estudo é investigar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT): “Vamos analisar os fatores neurotróficos, citocinas, força muscular,
equilíbrio, flexibilidade, composição corporal, depressão e incapacidade motora para ver se houve melhora da qualidade de vida e dos sintomas apresentados, como acreditamos que possa haver”.

Os interessados em participar da pesquisa devem entrar em contato, até o final de fevereiro, pelo celular/WhatsApp no seguinte número: (21) 9 7021-8981. Feita a avaliação e seleção dos interessados que se enquadrarem no projeto, a pesquisa, efetivamente, com seus protocolos de testes e treinamentos, iniciará em abril/maio.

Carla Nascimento, diretora do Sisejufe e integrante do Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do sindicato destaca a importância do projeto para a sociedade de um modo geral:

“Segundo a OMS, no Brasil, cerca de 200 mil indivíduos sofrem com o Mal de Parkinson. Muitos servidores e servidoras cuidam de familiares que têm a doença. E, com o envelhecimento da categoria, seja pelo aumento da expectativa de vida ou pelas sucessivas reformas previdenciárias pelas quais passamos nas últimas décadas, que nos fazem aposentar mais tarde, essa é uma pesquisa que tem grande relevância para todos nós de uma forma geral. Além disso, gostaria, também de frisar que Bruno é marido de uma servidora do TRT1, Patrícia Cardoso Silva Coutinho. A notícia sobre a pesquisa chegou ao nosso Departamento de Saúde por intermédio dela e achamos que o tema era muito relevante e seria importante sua divulgação. Espero que essa pesquisa possa chegar a mais pessoas e que possa ajudar imensamente a cada um e cada uma que precisar. Informação e ciência salvam vidas.”

O pesquisador Bruno Coutinho, no Laboratório onde desenvolve a pesquisa (LABSAU/UERJ) Crédito da foto: arquivo pessoal

 

 

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